metrojornal.com.br |
O diretor mexicano mais
popular do cinema mundial, Alfonso Cuarón, autor de sucessos como “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban”,
“Filhos da Esperança” e “Gravidade”, aposta agora numa narrativa
um pouco mais pessoal.
“Roma”,
sua mais recente obra, lançada pela Netflix, traz uma experiência um pouco mais
intimista e afetuosa, apesar de tratar de temas, aparentemente, trágicos, mas
de forma singela, principalmente por utilizar-se de uma fotografia em preto e
branco. Neste último quesito, o destaque fica por conta de Emmanuel Lubezki (“O Regresso”).
Para quem conhece a
trajetória pessoal de Cuarón, “Roma”
pode ser classificado como uma espécie de autobiografia sua, contando a relação
de duas empregadas, de origem indígena, que trabalham em uma família de classe
média. Essas domésticas, imediatamente, se correlacionam com as mesmas que
ajudaram no processo de infância vivido pelo diretor.
Apesar de duas empregadas, a
história foca em uma em especial, a doméstica Cleo (Yalitza Aparicio), uma
mulher doce que trabalha para uma família mexicana há um bom tempo. O papel da
protagonista é descrita como uma jovem, que vive longe da família, considerando
os patrões como seus mais “chegados”.
É bom ressaltar o “jogo de
câmera” que Cuarón se utiliza. Não há movimentos muito bruscos, tudo é feito de
maneira suave e condizente com o andamento da narrativa. Tudo isso, como plano
de fundo presente a vida dos mexicanos nos anos 70.
Resumindo, apesar de “Roma” abordar uma história bastante
simples, tudo é mostrado de uma forma pessoal e verdadeira, como um conto de
relações inesquecíveis. Nada mais é que uma carta de amor escrita por Cuarón
aos seus fãs de longa data.
Classificação:
Excelente (5 de 5 estrelas)
Comentários
Postar um comentário