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A questão da maternidade vai
se tornando um assunto recorrente na carreira do diretor Jason Reitman e do roteirista
Diablo Cody, que já haviam mostrado o tema, anteriormente, focando mais na
questão da adolescência, em “Juno” (2007).
Já em “Tully”, a aposta fica em explorar a vida de Marlo (Charlize Theron),
uma mulher que está prestes a dar a luz ao seu terceiro filho. Ela se vê em uma
encruzilhada, pois a cada dia que passa, não consegue suportar mais a pressão
de cuidar dos filhos e das tarefas domésticas do dia a dia. Vendo isso, seu
irmão sugere a contratação de uma babá, para que Marlo e seu marido consigam
ter uma noite de sono produtiva.
Mesmo que a princípio reticente,
Marlo acaba cedendo a um momento de desespero e liga para Tully (Mackenzie
Davis). Ao passar do tempo, Marlo acaba encontrando na jovem, um espelho de sua
personalidade, redescobrindo um lado seu, até então apagado. E nisso, Cody, em
seu roteiro, aproveita para explorar belíssimos diálogos, a ponto de conduzir,
de maneira sensível, a história de uma mulher, aparentemente comum, que sofre
para se adaptar aos padrões exigidos para o papel de mãe na sociedade atual.
Nisso, são recriadas
situações do nosso cotidiano, sem se apegar tanto as palavras, mas sim pelas
performances das atrizes, tudo isso com uma boa dose de humor e sarcasmo,
girando em volta de discussões que norteiam tópicos, envolvendo a questão da
responsabilidade matriarcal.
O roteiro não traz muitas
novidades, mas se apoia, de maneira certeira, na química vista entre as atrizes
Charlize Theron e Mackenzie Davis. As duas criam mulheres sinceras, da vida
real, que certamente causarão momentos de identificação.
O maior mérito do filme, sem
dúvida, é mostrar que não há uma receita básica e única para uma família
funcionar em harmonia, basta o amor fraternal entre seus membros.
Classificação:
Excelente (5 de 5 estrelas)
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