Pular para o conteúdo principal

Homem-Aranha no Aranhaverso (Crítica)

legiaodosherois.uol.com.br

Depois do fiasco de crítica sobre “Venom” (2018) e o empréstimo do Homem-Aranha para o Marvel Studios, a Sony precisava de um filme de super-herói para dar um respiro. E “Homem-Aranha no Aranhaverso” não só cumpriu a meta, como surpreendeu a todos.

A tarefa não era tão fácil, pois apresentar Miles Morales como protagonista num filme do Aranha, parecia complicado a se fazer, para o grande público. E para isso, o primeiro ato do longa torna-se bastante corajoso, por assumir que já conhecemos a história de Peter Parker.

O foco agora é em Miles, que nada mais é que o oposto do antecessor. Apesar de também passar por dificuldades no colégio e no aprendizado dos seus poderes, ele é um adolescente negro e vem de uma família hispânica. Além disso, esse é um Homem-Aranha novo, como novos dilemas e novos problemas a serem solucionados, a começar por ter que lidar com um multiverso que conta com vários outros Aranhas como ele.

Aqui temos um grande acerto dos produtores. Phil Lord e Chris Miller conseguem mostrar uma particularidade de cada herói, dando chance para todos brilharem. Mas o maior elogio, que se pode fazer ao longa, são as referências aos quadrinhos. Todas as ações da história são mostradas como se o espectador estivesse foleando uma revistinha. Vemos os balões, as passadas de página, os traços.

Por falar em traços, todos os aranhas contam com uma particularidade. O Porco-Aranha é praticamente um desenho dos Looney Tunes e conta com um traço 2D tradicional; Peni Parker, a versão japonesa do herói, é uma homenagem constante aos animes; e o Homem-Aranha Noir, além de ser preto e branco, brinca com todos os clichês do gênero. Tudo o que eles fazem é uma espécie de easter egg, que são outro ponto alto da produção.

“Homem-Aranha no Aranhaverso” é sem dúvida uma das melhores animações do ano, vindo forte para o Oscar da categoria, por conseguir equilibrar vários estilos e ainda sim se manter simples diante o público. Fazendo nos emocionar e rir ao mesmo tempo, o filme já vale o ingresso.

Classificação: Excelente (5 de 5 estrelas)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Marcas da Maldição (Netflix) – Crítica

cinepop.com.br Mais de vinte anos, após a estreia de “A Bruxa de Blair” (1999), maior sucesso do gênero Terror com câmera na mão, a Netflix traz um novo filme com essa abordagem. O principal chamariz, para o longa dos anos 90, era a inauguração da onda de focar no uso de fitas abandonadas, com imagens de florestas assustador a s, onde habit avam maldições. Tentando retomar essa “ vibe” antiga, o diretor Kevin Ko lança seu “Marcas da Maldição” . O cineasta já é bastante conhecido, pelo talento de proporcionar “bons sustos” e criar uma atmosfera crescente, a partir de suas imagens. Em tela, é apresentado um ciclo, composto por pessoas curiosas, que se aproximam de lugares proibitivos, que acabam gerando situações amedrontadoras, como consequência as mesmas. Aqui, temos um grupo que tenta desmascarar casos sobrenaturais, para seu canal, no Youtube. Porém, eles acabam se envolvendo num ritual real, morrem e sobra apenas uma jovem mãe (Hsuan-yen Tsai), dos integrantes . ...

A Família Addams 2: Pé na Estrada (Crítica)

loucosporfilmes.net Só começar a música, que todos já começam a estalar os dedos. Nesse ritmo, chega, até nós, a sequência da animação de “A Família Addams” (2019), muito pelo sucesso desta primeira produção. Porém, o fator pandemia atrapalhou a MGM e Universal Pictures, na divulgação do longa. Mesmo depois de muita espera, “A Família Addams 2: Pé na Estrada” conseguiu chegar aos cinemas, e, infelizmente, não passa nem perto, em termos de qualidade, de seu antecessor. A aposta da vez foi colocar nossa adorável família viajando, pelos Estados Unidos. Pena, que toda essa tentativa de road movie familiar não tenha nada de memorável. Apesar de bons momentos, se pegos isolados, tudo fica inserido num grande remendo. Ao final da história, fica a sensação de que o trio de roteiristas (Dan Hernandez, Benji Samit e Ben Queen) achou que apenas a força de seus personagens já iria satisfazer o espectador. A principal característica da franquia, sem dúvida, é de colocar seus protag...

Beckett (Netflix) – Crítica

aodisseia.com Um velho artifício para se produzir uma história, que prenda o espectador do início ao fim, é escolher uma trama que envolva paranoia e teorias da conspiração. Nessa “vibe”, a Netflix aposta em “Beckett” , um thriller que promete. Beckett é o nome do protagonista, interpretado por John David Washington ( “Infiltrado na Klan” ), que está de férias com a namorada, April (Alicia Vikander), em Atenas, na Grécia. Durante a hospedagem, em um hotel, eles ficam sabendo de um protesto, que irá ocorrer próximo, e então decidem viajar, de carro, para o interior. Porém, durante o trajeto, o casal sofre um acidente. Beckett perde a esposa e ele acaba vendo um menino ruivo, antes de desacordar. Depois de ser resgatado, Beckett se vê caçado, sem saber o porquê, e precisa lutar para chegar à embaixada americana, em Atenas. A direção de “Beckett” é comandada por Ferdinando Cito Filomarino, e possui dois grandes arcos. O primeiro foca mais nas férias felizes do casal protagoni...