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Vingadores: Ultimato (Crítica)

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Depois da finalização da jornada de “Vingadores: Guerra Infinita”, vemos agora Thanos (Josh Brolin), que foi o protagonista do filme anterior, numa respiração mais ofegante, sentado, olhando para sua bela paisagem.

Mas como a Marvel conseguiria continuar essa jornada? Simples, basta trocar o protagonismo do vilão para os heróis sobreviventes, e suas perspectivas após o impacto da tragédia que dizimou 50% da população geral. Além disso, o Marvel Studios precisava fechar a jornada que começou em 2008, com Jon Favreau dirigindo o primeiro longa do Universo, o seu “Homem de Ferro”.

“Vingadores: Ultimato”, começa pela caminhada de Thanos, em sua fazenda, enquanto os heróis buscam contornar o problema do mundo caótico em que vivemos.

Tendo a função de construir bem o destino de todos os personagens principais do MCU, era muito fácil de se encontrar problemas de roteiro. Entretanto, para alegria de todos, o pulso forte da direção somado a um belo trabalho feito pelos roteiristas Christopher Markus e Stephen McFeelv, alcança em cheio a expectativa gerada, mesclando um clima tenso com diversão, mesmo contando com três horas de duração.

Perdido, sem saber o que fazer, o Capitão América (Chris Evans) tenta manter a razão, por conta do seu senso de liderança, em relação aos outros sobreviventes. Assim, ele se mantém em tentar transformar o mundo num ambiente melhor, ainda que participe de um grupo de apoio. Ao seu lado, ele conta com Viúva Negra (Scarlett Johansson), que procura manter contato com os sobreviventes, que estão afastados no momento, casos de  Rocket (Bradley Cooper), Nebula (Karen Gillan), Okoye (Danai Gurira), James Rhodes (Don Cheadle) e Capitã Marvel (Brie Larson), que retorna à Terra após uma apresentação triunfal, ao lado do novo parceiro, Tony Stark (Robert Downey Jr).

Stark, maior nome deste Universo, precisa lidar com as perdas, ao mesmo tempo em que se redescobre. Ao lado de Pepper Potts (Gwyneth Paltrow), precisa continuar a vida, embora nunca esqueça o que passou.

Para aliviar o clima pesado, os diretores apostaram em trazer uma veia mais cômica para as consequências na vida de Bruce Banner (Mark Ruffalo) e Thor (Chris Hemsworth). Ambos sentem o peso de tudo, mas tentam se manter em frente. Embora, tudo isso mude com a volta de Scott Lang (Paul Rudd), que estava preso no Reino Quântico e não sabe da tragédia que o Universo enfrentou. Para fechar, temos o arco de Clint Barton (Jeremy Renner), que se tornou uma pessoa vingativa, após a perda da família.

A solução proposta pelo trio Scott, Banner e Stark, faz desse filme, algo extremamente ambicioso e emotivo, talvez nunca visto na última década. Pois, agora é a hora da Marvel fechar seu ciclo de dez anos, ou mais precisamente seu arco de vinte e um filmes.

A partir daí, o desenrolar dos fatos é que leva o público ao delírio. Uma mistura de nostalgia e diversão, que faz o filme ter uma avalanche de ações e informações. Todos heróis, cada um a sua maneira, possuem uma mensagem de aprendizado.

Resumindo, “Vingadores: Ultimato” trata-se de algo devastador, uma experiência cinematográfica única e que ficará na memória por um bom tempo, mesmo que cada espectador tenha uma reação diferente ao assisti-lo.

Não se trata apenas de um grande filme do gênero super-herói, mais sim um dos longas, ou melhor dizendo, do projeto mais marcante da história do cinema, sem dúvida.

Obrigado Marvel Studios!!!


Classificação: Excelente (5 de 5 estrelas)

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