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O drama de
Jean Grey se tornando a Fênix, história famosa nos quadrinhos, retorna pela
segunda vez aos cinemas em “X-Men: Fênix Negra”, após 13 anos do
famigerado “X-Men 3: O Confronto Final”. Tudo isso, em volta do fim do
acordo dos Mutantes da Marvel, que estavam no comando da Fox, e que passarão para
as mãos da Disney, tendo, provavelmente, um novo recomeço no MCU.
Apesar de
toda desconfiança que o filme já possuía, o resultado é de certo modo,
agradável, pois a despeito de possuir problemas, o longa faz jus ao tempo em que
vivemos. Mesmo que de longe, a inspiração do diretor Simon Kinberg é
visivelmente em “Logan” (2017), pois não há mais nada a se perder.
Essa jornada
mais melancólica e caminhando para o fim é visível, não apenas na protagonista
Jean Grey (Sophie Turner), mas também em Charles Xavier (James McAvoy), que
nada mais é que o epicentro do universo mutante. Tentando se afastar do
terceiro filme do Universo, Fênix Negra busca problematizar a vida do Professor
X de forma melancólica, fazendo nos questionar até mesmo o próprio nome da equipe:
Por que X-Men? Essa união familiar em que estamos é mesmo necessária? Charles é
mesmo o homem em que devemos seguir?
Mas o forte do filme, sem dúvida, é a oportunidade que Kinberg dá ao protagonismo feminino. Tanto
Jennifer Lawrence, quanto Sophie Turner e Jessica Chastain, chamam a responsabilidade
para si, oxigenando um pouco o estrelato da dupla Xavier e Magneto (Michael Fassbender),
existente nos filmes anteriores. Isso não chega a ser tão surpreendente, pois
os X-Men, nos quadrinhos, sempre fez questão de propagar a luta pelos direitos civis
e os dramas adolescentes.
Apesar da
intenção ser ótima, o resultado, em virtude do roteiro inconsistente, é
insuficiente. As viradas, que eram algo para impactar o sentimento do espectador,
são feitas de forma apressada e de maneira superficial. A velocidade em que os personagens mudam de
opinião e lado é ridícula. Maior exemplo disso é Magneto, que chega até mesmo “reclamar
do roteiro” em uma de suas falas.
Mesmo assim,
o filme acerta no maior erro da primeira trilogia dos X-Men: a relação entre
Scott (Tye Sheridan) e Jean. A cena em que ele se dirige a ela dizendo “você
jurou voltar pra mim” é algo tocante. Outras relações que merecem destaque são a
de Xavier e Hank (Nicholas Hoult), lutando cada qual pelo seu ego, e a de Magneto e Smith
(Jessica Chastain), que acaba gerando uma forte cena, envolvendo metralhadoras
e contraposição entre as visões masculina e feminina.
Mas o que se
vê é que “X-Men: Fênix Negra” tem como principal objetivo consertar, o
já dito, terceiro filme da saga. Tudo isso, tentando fazer jus a relação de Scott
e Jean, vista nos quadrinhos, e dando, mesmo com fracasso em alguns
pontos, um pouco de maior importância aos outros personagens.
Resumindo, a
tentativa do diretor Simon Kinberg em colocar uma força maior no protagonismo
feminino é boa, mas a execução é insuficiente para a história.
Classificação: Regular (3 de 5 estrelas)
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