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Klaus (Crítica)

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“Klaus”
, nova animação da Netflix, buscou um desafio grande: Explicar de onde surgiu o conceito do Papai Noel.

A história começa focando na vida de Jasper, um garoto que vive às custas do pai rico, que é o dono da maior empresa de correspondências do mundo. Cansado da acomodação do filho, ele obriga o garoto a se mudar para uma cidade pequena, chamada Smeerensburg, para trabalhar numa filial de sua empresa. O retorno de Jasper para casa depende de uma meta: registrar o envio de seis mil cartas dos moradores daquele vilarejo.

Além da meta, o rapaz precisa lidar com o frio e os conflitos que os cidadãos do local possuem, em especial a uma guerra travada entre duas famílias, que levam uma história de ódio hereditário.

Assim o tempo passa, até o momento em que Jasper conhece Klaus. Um senhor solitário, que vive num celeiro cheio de brinquedos. Em uma de suas entregas, Jasper entrega ao homem um desenho de uma criança. Tocado pelo conteúdo, Klaus decide dar um de seus brinquedos a mesma. Com isso, o resto dos garotos da cidade percebe que se enviarem cartas a esse senhor solitário, brinquedos voltam como resposta. Assim, Jasper vê uma ótima oportunidade de cumprir a sua meta.

Para dirigir essa animação, temos Sergio Pablos, já conhecido de inúmeros sucessos como “O Corcunda de Notre Dame” (1996), “Tarzan” (1999) e “Rio” (2011), onde também é explorada a arte em cores mais vivas, num estilo mais cartunesco. A trilha sonora fica por conta de Alfonso G. Aguilar, que dá um toque mais sensível a momentos chave do filme.

Além do diretor, também escrevem o filme, os roteiristas Jim Mahoney e Zach Lewis. O texto é apresentado de forma rápida, muito por conta do protagonista atrapalhado.

Mas isso não é nenhum demérito, pois ainda há espaço para a história explorar temas importantes, como a importância da educação, por exemplo. Aqui, o cineasta busca enfatizar que a educação é uma ótima solução para acabar com o ódio e o lado extremista das pessoas.


Bem sentimental, flertando bem com humor, desenhado numa arte singela e bonita, “Klaus” tenta recuperar o espírito de criança, que existe em todos nós. Pois nada mais infantil e bonito, do que uma noite de Natal.


Classificação: Excelente (5 de 5 estrelas)

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