Pular para o conteúdo principal

Adoráveis Mulheres (Crítica)

adorocinema.com

Após o sucesso de “Lady Bird: A Hora de Voar” (2017), Greta Gerwig tenta se firmar como um grande nome da direção atual. E ela deu mais um passo para esse objetivo, trazendo a nova versão do livro “Adoráveis Mulheres”, escrito por Louisa May Alcott, publicado em 1868.

Gerwig também roteirizou o filme, que busca estabelecer um olhar mais atual para a história, que foca no amadurecimento de quatro irmãs, muito diferentes uma das outras, que vivem nos Estados Unidos, em plena Guerra Civil.

Um grande acerto da diretora, sem dúvida, foi em adaptar, de maneira aceitável, a principal crítica ao livro, que foca em transformar o casamento como o objetivo primordial na vida de uma mulher. Mais louvável ainda foi Greta, além de mudar essa parte da narrativa, conseguir fazer com que tal alteração não prejudicasse a essência da história.

O filme é contado pela perspectiva de Jo March (Saoirse Ronan), mas com boas participações de suas irmãs, representadas por Emma Watson, Eliza Scanlen e Florence Pugh. O elenco ainda conta com o talentoso Timothée Chalamet, e as estrelas já consagradas, Laura Dern, Louis Garrel e Meryl Streep. Aqui, apesar de muitos nomes, todos tem seu espaço na trama.

No lado técnico, o destaque fica para a direção de arte, o figurino e a fotografia, que se mostra elegante e sem comprometer a trama.

Mas, sem dúvida, o maior acerto de Greta Gerwig, em “Adoráveis Mulheres”, é contar uma história, que parecia ultrapassada e torná-la atemporal.


Classificação: Ótimo (4 de 5 Estrelas)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Artemis Fowl: O Mundo Secreto (Crítica)

canaltech.com.br A Disney quer, por que quer, trazer uma franquia nova, focada no misticismo. Depois de “Uma Dobra no Tempo” (2018), a aposta está em  “Artemis Fowl: O Mundo Secreto” . Mas o problema persiste. Com a assinatura de Kenneth Branagh, a obra tenta adaptar os dois primeiros volumes da famosa série literária, escrita por Eoin Colfer. O filme parte da história de Artemis Fowl (Ferdia Shaw), um garoto de 12 anos, muito inteligente (pelo menos, é o que filme tenta nos contar), que acaba descobrindo um segredo da sua família, e precisa embarcar numa jornada mágica. A maior falha, sem dúvida, está na premissa. O garoto, protagonista, não demonstra, em momento algum, sua habilidade na arte criminal. Ao invés disso, o longa prefere apostar na imagem, deixando o texto de lado. E antes, que alguém venha defender esse tipo de proposta, temos que lembrar que o cinema é formado pelo estabelecimento de uma linguagem orgânica, entre imagem e qualquer outra coisa, for...

Freaks: Um de Nós (Netflix) - Crítica

deveserisso.com.br A Netflix parece querer mesmo construir sua própria franquia de super heróis. E a aposta do momento está em “Freaks: Um de Nós” . A “bola da vez” começa sua história de um close, onde é mostrado um olhar amedrontado, que provoca curiosidade ao espectador. A partir daí, somos convidados a seguir a caminhada de Wendy (Cornelia Gröschel), que possui uma vida simples, ao lado de sua família, e com seu trabalho estressante em um restaurante, onde sonha ganhar uma promoção. Porém, tudo muda quando um morador de rua a aborda, dizendo que sua vida pode ser mais do que aquilo. Independente da boa premissa, o filme muda de pauta, rapidamente. Resolvendo apostar numa metáfora, de que o uso de remédios impede o verdadeiro potencial de todos nós. Para piorar a situação, joga-se, sem muita explicação, várias referências aos quadrinhos e a mitologia grega, que não acrescenta em nada a trama, já confusa. Acentuando, ainda mais, seus erros, o longa alemão busca misturar u...

A Caminho da Lua (Netflix) - Crítica

liberal.com.br Após o grande sucesso de “Klaus” (2019), a Netflix resolveu, de vez, apostar em animações. O projeto do momento trata-se de “A Caminho da Lua” , que foca na perda e na própria aceitação, como os seus temas principais. Uma questão, que se deve ressaltar, é que essa animação é focada, prioritariamente, nas crianças. Portanto, não vá assistir “como um adulto”, pois a decepção pode ser grande. Outra característica é a utilização excessiva de canções, em formatos de esquete, que para quem não curta tanto o gênero Musical, pode incomodar. A premissa parte da história de Fei Fei, uma garota que, desde pequena, acredita no mito, contado pelo seus pais, sobre a Deusa da Lua. No meio disso, a menina perde sua mãe, e tenta, ao máximo, conservar sua crença como um símbolo, desse laço maternal. No meio disso, com o passar dos anos, seu pai pretende se casar novamente, assim, Fei Fei acaba ganhando um “irmão mais novo”, que se torna o responsável pelo lado cômico do filme. Nesse come...