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A
primeira cena de “Perdi Meu Corpo”
promete uma proposta bastante esquisita, com o foco em uma pessoa tendo a mão
decepada. E essa é a aposta do diretor, Jerémy Clapin, para o seu primeiro
filme. Simplesmente, contar a história de um rapaz que perde a mão, ligada a
uma “outra mão que se perde”.
Até
mesmo por esse plot, não se trata de uma animação convencional. Além disso, a
narrativa é dividida em três momentos distintos, mostrando pequenas
ramificações. Porém, cada uma tem sua importância para o todo.
A
animação, que foi premiada em Cannes, não se preocupa muito com o seu traço. O
mais importante é contar uma boa história, capaz de atingir nós, meros
espectadores, de maneira certeira e cause o mínimo de empatia.
Interessante
também é o fato das três narrativas contadas nos provocarem sensações
distintas. A vida do garoto apaixonado, Naofel, é vista como o “amor impossível”.
As aventuras da “mãozinha” imprimem a noção de surrealismo e, de vez em quando,
nos transmite uma sensação de adrenalina. Já a infância do menino, nos dá um
toque humano e sentimental.
Embora
o filme saiba bem dividir bem suas histórias, dando um bom espaço a todos os
personagens, o final é meio que decepcionante. A conclusão é óbvia demais, não
trazendo nada de novo.
Mesmo
assim, a Netflix consegue trazer uma animação um pouco mais adulta, sensível,
que o torna uma bela surpresa. Desde o traço simples, até o fato de termos uma
história bem original.
Que
tenhamos mais filmes simples, como esse. Farão bem ao cinema.
Classificação: Ótimo (4 de 5 estrelas)
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