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Se
você reclama que as produções religiosas invadem o cinema brasileiro, saiba que
nos Estados Unidos, isso é levado à décima potência. Pode se ver pelo número de
filmes que saem anualmente, e pelo fato, de nos últimos anos, atores de renome
estão sendo convencidos de participarem de tal proposta.
A maioria
dessas histórias possui uma base fixa: Retratar um fato verídico, que ajude na
construção de uma identidade rápida. Nisso, embarcamos na história de “Superação: O Milagre da Fé”, que foca
sua atenção na vida de John Smith (Marcel Ruiz), um menino de 14 anos, que ao
brincar com seus amigos, acaba sofrendo um acidente, que o leva a se afogar no
lago St. Louis, no estado do Missouri.
Porém,
não se trata de um afogamento simples. O lago possui uma superfície congelada,
que acaba cedendo, fazendo com que o garoto caia e fique por 15 minutos afogado.
Ao ser resgatado, John é levado, imediatamente ao hospital, e sobrevive, de
forma milagrosa.
O plot do filme não é tão convidativo,
porém a diretora, Roxann Dawson, tira da mitologia, aspectos de imagem que dão
uma leveza mais angelical, numa metáfora mais tranquila, e menos pesada. Em
especial, a cena do acidente, que dá um bom início à jornada, pelo resgate inspirador,
e de certa forma poético, sendo embalado por uma boa trilha sonora.
Todavia,
o maior acerto do filme ainda estar por vir, ainda que, infelizmente, não seja aproveitado.
A mãe do menino, Joyce (Chrissy Metz), não possui uma boa relação com o pastor
da igreja local, Jason (Topher Grace) e, nisso temos um debate entre “o moderno
vs o conservador”, que chama atenção. Jason quer trazer um pensamento mais
jovem para a igreja, porém Joyce não vê isso sendo de bom tom. Entretanto, essa
discussão não dura mais do que duas cenas.
A
partir disso, o filme cai de ladeira a baixo. O texto, escrito por Grant
Nieporte, baseado na obra homônima de Joyce Smith, larga tal embate para
investir na literatura fantástica, tentando dar sentido ao título do filme.
Agora, sem dúvida, o maior pecado do longa é em dar importância a personagens
secundários insignificantes. O bombeiro Tommy (Mike Colter) é o maior exemplo
disso, pois ele tem uma jornada própria de “encontro com Deus”, que não
conversa em nada com a trama principal.
Mas,
apesar dos problemas é de ressaltar o ótimo trabalho técnico, principalmente,
envolvendo a trilha sonora, mostrando ao fim, que o amor de alguns pode superar
a falta de humanidade de outros.
Classificação: Ok (3 de 5 Estrelas)
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