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Greyhound: Na Mira do Inimigo (Crítica)

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Tom Hanks (“Forrest Gump”) é, com certeza, uma figura unânime em Hollywood. Além de seu grande trabalho na atuação, ele também é produtor, dublador, diretor e roteirista. Sobre essa última função, temos o seu novo lançamento: “Greyhound: Na Mira do Inimigo”, onde Hanks também é o protagonista, numa história que traz uma das maiores guerras vividas pela humanidade, mas que nunca possuiu um grande destaque, nos cinemas.

O longa baseia-se no romance “The Good Shepherd”, escrito por CS Forester. Na trama, somos levados a acompanhar um oficial da Marinha americana, em sua primeira missão, que tem o objetivo de liderar uma escolta para um comboio de navios mercantes, que acaba sofrendo ataque de submarinos nazistas, em plena Segunda Guerra Mundial.

Na direção, temos Aaron Schneider (“Segredos de um Funeral”), que tem um papel bem irregular, na sua função. De positivo, a câmera que acompanha, totalmente, o protagonista, num micro espaço, fazendo com que o espectador se sinta um “sub-capitão”, sempre ao lado do seu comandante. Isso, somada a fotografia escura de Shelly Johnson (“O Lobisomem”), dá um bom tom de tristeza, o que é, extremamente, necessário para o momento vivido.

O problema ocorre nas sequências de ação, que apesar de bem filmadas, não consegue gerar o pânico natural, que esse tipo de longa precisa trazer. O local transmite uma segurança, que se opõe, totalmente, ao que a situação pede.

Outra falha está no protagonismo exagerado. Apesar de Hanks ser um ator, extremamente, gabaritado, o foco total em sua história, ofusca os outros personagens, que não transmitem um mínimo de empatia, a quem assiste.

Resumindo, a história é boa, usando a figura do homem comum, numa grande batalha. Porém, fica a sensação que o filme poderia ter ido além, do que o simples “plot”.


Nota: ★★★ (Ok)

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