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The Old Guard (Netflix) - Crítica

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Se temos um nome de referência, feminina, nos filmes de ação, esse nome é Charlize Theron. Vindo de “Atômica” (2017) e “Mad Max: Estrada da Fúria” (2015), ela se mostrou que, além dos dramas, já pode ser considerada uma estrela, nos “longas de porrada”. A aposta da vez é em “The Old Guard”, que embora o resultado não tenha atingido o esperado, possui uma história curiosa.

A trama começa na reunião de um grupo de pessoas, que são imortais, e que prometem proteger a humanidade, de qualquer tipo de perigo. Liderados por Andy (Theron), a “facção” é composta por Booker (Matthias Schoenaerts), Joe (Marwan Kenzari) e Nicky (Luca Marinelli), que tentam manter a paz na Terra, ao mesmo tempo em que não podem se expor.

O vilão da vez é uma grande multinacional farmacêutica, que utiliza corpos humanos, para pesquisa científica. Ao mesmo tempo, surge uma nova imortal, Nile (Kiki Layne). Ela acaba funcionando, aqui, como os nossos olhos para este Universo, sendo apresentada a inúmeros conceitos novos.

A direção do filme fica por conta de Gina Prince-Bythewood (“Nos Bastidores da Fama”), que adapta a HQ homônima do título do filme, escrita por Greg Rucka e ilustrada por Leandro Fernández. A diretora já começa na ação, mostrando uma grande cena de tiroteio, nos primeiros minutos do longa, com intuito de explicar como funciona a imortalidade.

A violência, por sinal, é explícita. Não tem o menor pudor, e conta com incríveis efeitos especiais. Já nas cenas de luta, temos uma boa coreografia, e um excelente trabalho dos dublês.

Porém, o maior erro do filme está na construção do vilão. Merrick (Harry Melling) é bastante clichê, e funciona apenas como um magnata da indústria farmacêutica, que só visa o lucro.

Sobre a equipe principal, o “background” dos personagens é interessante, mas não são tão bem explorados. Exemplo disso são as citações de que Brooker lutou nas guerras napoleônicas e a dupla, Nicky e Joe, que se conheceu, nas Cruzadas. Mas isso só é mostrado em breves flashbacks, e não servem, em nada, ao roteiro.

Resumindo, “The Old Guard” tem ótimas cenas de ação, mas conta com um roteiro corrido e muito simples. E o fato dos protagonistas serem imortais, faz com que as cenas de ação percam o peso, pois já sabemos que nada irá, de fato, acontecer.

Trata-se de um filme apenas “ok”.


Nota: ★★★ (Ok)

Comentários

  1. Scarlett Johansson tbm é um bom nome, mas a historia dos filmes são sempre limitadas.
    Gostei do filme, mas achei que poderia ser melhor.

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