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Você
tomaria uma pílula para ganhar um superpoder, por apenas cinco minutos? Esse é
o pontapé do roteiro de “Power”, novo
filme de ação da Netflix, que conta com a dupla de diretores, Henry Joost e
Ariel Schulman (“Nerve: Um Jogo Sem
Regras”). Apesar de parecerem novatos, eles possuem um elenco de peso,
puxado por Jamie Foxx, Joseph Gordon-Levitt e Rodrigo Santoro.
A história parte da chegada de uma nova droga, apelidada
em Nova Orleans, de Power. Comandando o tráfico, temos Grandão (Rodrigo
Santoro), que se responsabiliza por montar uma equipe, que irá ajudar na
distribuição. Com a rápida adesão, a vizinhança começa a desenvolver
superpoderes.
Embora pareça ter várias frentes, a história foca em
três protagonistas: Frank (Joseph Gordon-Levitt), um policial que usa a droga,
para conseguir equilibrar o confronto com os traficantes. Junto dele, temos
Robin (Dominique Fishback), adolescente que trafica a droga, para ajudar na
compra dos remédios da mãe, ao mesmo tempo, em que sonha em ser uma Rapper.
Para fechar, conhecemos Art (Jamie Foxx), um ex-soldado, que quer se vingar do
criador da droga, pois o mesmo sequestrou sua filha.
O responsável pelo roteiro é Mattson Tomlin, que se
baseia em duas premissas: A primeira pela aleatoriedade da droga, já que o
poder é desconhecido, até o uso do entorpecente. Há, inclusive, o risco de o
efeito ser inverso, fazendo a pessoa se exploda. A segunda questão é a
urgência, já que o Power tem um resultado de apenas cinco minutos.
O problema maior do longa fica na argumentação, que
reúne os personagens principais. Apesar disso, os atores conseguem superar
esses deslizes. A estreante, Dominique Fishback não se intimida e possui um
grande carisma. Rodrigo Santoro faz um vilão canastrão, que apesar de contar
com pouco tempo de tela, faz jus ao lado cartunesco, que é pedido.
Outro prisma importante a se ressaltar, é na composição
das cenas de ação, que conseguem dosar bem a câmera e o uso dos efeitos
especiais. Isto pode ser exemplificado por uma perseguição, mostrada, entre
Frank e um homem, que se mostra invisível. O corpo do criminoso contém uma
transparência, que nos permite ver o que está atrás dele.
Assim, “Power”
se mostra forte para o começo de uma nova franquia da Netflix. Mesmo que o tema
“super-heroi” tenha se mostrado saturar, há possibilidade de criatividade aqui.
Nota: ★★★★ (Ótimo)
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