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Em meio à Pandemia, em que vivemos, o assunto “Fake News” volta à tona. Junto disso,
os discursos de ódio tomam, cada vez mais, conta das redes sociais. Diariamente,
criam-se e destroem-se carreiras. Mas como isso criado? Assim, “Rede de Ódio”, novo suspense da
Netflix, procura explicar, didaticamente, esse fenômeno.
Como protagonista, temos Tomasz Giemza (Maciej
Musialowski), um garoto pobre, polonês, que entra na faculdade de Direito,
graças à ajuda financeira da família Krasucka. Ele também nutre uma paixão por
Gabi (Vanessa Aleksander), filha da família, que não dá a mínima pelo rapaz.
Concomitantemente a isto, Tomasz acaba conseguindo
um emprego, numa agência de publicidade. O curioso é que o objetivo dessa
empresa é “destruir” pessoas, a partir da criação de “Fake News”, nas redes
sociais.
Apesar da premissa simples, “Rede de Ódio” consegue explorar bem mais do que a breve sinopse.
Longe de ser genérico, o roteiro de Mateusz Pacewicz conduz a história lentamente,
mas que alimenta a ansiedade do espectador, em descobrir seus mistérios. O
filme aposta na evolução da mente psicopata do protagonista, mostrando os
verdadeiros motivos da criação de um cenário tão sombrio.
Nesse ponto, também é de se elogiar a sintonia
entre a direção e o roteiro, na criação do clima de suspense. A paleta de
cores, por exemplo, é destacada desde o início, focando no uso de tons
azulados, que reforçam o lado psicopata do protagonista.
Além da imagem, a direção de som também brilha. O
uso de música clássica, num plano sequência específico, torna tudo um clima
shakespeariano.
Mas o maior acerto está na construção do
protagonista, interpretado por Maciej Musialowski. Que apesar do seu “rosto
ingênuo”, o ator transmite, perfeitamente, as emoções de um personagem soturno
e quebrado.
Resumindo, “Rede
de Ódio” é um filme que combina, totalmente, com o mundo em que vivemos,
cercado pelo ódio e por “Fake News”,
levantando um importante alerta sobre o uso das redes sociais.
Nota: ★★★★ (Ótimo)
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