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Missão Pijamas (Netflix) - Crítica

observatoriodocinema.uol.com.br 

Já estamos acostumados, a nos deparar com filmes que contam com uma trama na prancheta, somente apostando no entretenimento, especialmente focado ao público infantil.

 

Nisso, a Netflix lança “Missão Pijamas”, que dificilmente irá trazer algo além do medíocre, para quem esteja fora da faixa etária procurada. Não que isso seja problema, mas aqui, temos um excesso nas resoluções simples (muitas delas, do tipo “Deus Ex Machina”), que podem incomodar alguém que procure algo a mais.

 

Para exemplificar essa fala, podemos citar a utilização de um adulto sendo amarrado por crianças, que utilizam luzes de árvore de natal e uma mangueira para tal feito. Outra situação, que foge do realismo, é o fato dessas mesmas crianças resolverem salvar seus pais, de um sequestro.

 

E olha que o roteiro, de Sarah Rothschild, não é o pior. A direção, comandada por Trish Sie (“A Escolha Perfeita”) abusa da utilização de imagens, que substituem, muitas vezes, o texto, fazendo com que muitas situações tenham que ser subtendidas pelo espectador. Trata-se de um texto raso, que não tem muitas emoções.

 

Aliás, “Missão Pijamas” aposta em um núcleo adulto, embora também sem sucesso. A subtrama que procura contar o passado amoroso de Margot (Malin Akerman) e Leo (Joe Manganiello) até traz algo mais interessante, porém o ciúme “caricato” de Ron (Ken Marino), atual de Margot, destrói toda a possibilidade de um respiro, diante tanta ruindade. Marino, inclusive, tem a pior atuação do filme, muito por culpa do personagem, que é caracterizado como um adulto “infantiloide”.

 

Assim, “Missão Pijamas” parece ser mais um filme, que está na Netflix só por estar. Trata-se de algo bobo, sem criatividade, com personagens de zero carisma. Uma hora e quarenta minutos sendo perdida.


 

Nota: 🌟 (Ruim)

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