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“O Dilema das Redes”, novo documentário da Netflix, é mais um que reforça o
pessimismo com a utilização, massiva, das redes sociais. A produção foca em
entrevistas com vários profissionais da área da informação, que nos últimos
vinte anos, auxiliaram na criação dos principais sites de relacionamento.
Dirigido
por Jeff Orlowski, o filme não conta com uma estrutura comum. A narrativa se apropria de animações e
simulações, que auxiliam na explicação dos entrevistados. Assim, ele consegue
transformar um conteúdo complexo, em algo simples e de fácil assimilação, ainda
que conte com o velho truque do fato da “Internet ser um terrível mal para
sociedade”.
Cada
entrevistado relata suas funções nesse círculo e usa sua experiência para
alertar o espectador. Utilizando de um tom pessimista sobre as redes sociais,
nós, que estamos assistindo, ficamos incomodados, a cada minuto que passa. A
ideia é que o documentário seja uma propaganda contra a tecnologia.
Embora,
mesmo que se apresente como tendencioso, o diretor consegue apresentar dados,
que, no mínimo, nos faz pensar. Muito pelos entrevistados, todos eles, terem
trabalhado ou na criação, no desenvolvimento, ou até mesmo no marketing de grandes
empresas, como Oracle, Pinterest, Google, Instagram, Twitter e Facebook.
Vale
destacar também o recorte escolhido. O histórico é baseado de 2006, quando o
Facebook começa a monetizar seus posts. A partir desse momento, o mundo começa
a sofrer alguns fenômenos.
Porém,
um detalhe negativo não passa despercebido. A campanha de alerta é feita de
forma muito maciça, o que meio que demoniza, ao extremo, o uso das redes
sociais. Não temos um contraponto, mostrando ou os pontos positivos, ou um meio
de utilizarmos tais ferramentas, de forma mais segura. O conselho dado é desistir
e abandonar.
Mas, como o próprio documentário diz, a decisão é sua, entre querer confiar nele, ou em mim. Só pense bem, em quem (ou o que) você deve acreditar.
Nota: ⭐⭐⭐⭐ (Ótimo)
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