Pular para o conteúdo principal

O Dilema das Redes (Netflix) – Crítica

rotacult.com.br
rotacult.com.br

“O Dilema das Redes”, novo documentário da Netflix, é mais um que reforça o pessimismo com a utilização, massiva, das redes sociais. A produção foca em entrevistas com vários profissionais da área da informação, que nos últimos vinte anos, auxiliaram na criação dos principais sites de relacionamento.


Dirigido por Jeff Orlowski, o filme não conta com uma estrutura comum.  A narrativa se apropria de animações e simulações, que auxiliam na explicação dos entrevistados. Assim, ele consegue transformar um conteúdo complexo, em algo simples e de fácil assimilação, ainda que conte com o velho truque do fato da “Internet ser um terrível mal para sociedade”.


Cada entrevistado relata suas funções nesse círculo e usa sua experiência para alertar o espectador. Utilizando de um tom pessimista sobre as redes sociais, nós, que estamos assistindo, ficamos incomodados, a cada minuto que passa. A ideia é que o documentário seja uma propaganda contra a tecnologia.


Embora, mesmo que se apresente como tendencioso, o diretor consegue apresentar dados, que, no mínimo, nos faz pensar. Muito pelos entrevistados, todos eles, terem trabalhado ou na criação, no desenvolvimento, ou até mesmo no marketing de grandes empresas, como Oracle, Pinterest, Google, Instagram, Twitter e Facebook.


Vale destacar também o recorte escolhido. O histórico é baseado de 2006, quando o Facebook começa a monetizar seus posts. A partir desse momento, o mundo começa a sofrer alguns fenômenos.


Porém, um detalhe negativo não passa despercebido. A campanha de alerta é feita de forma muito maciça, o que meio que demoniza, ao extremo, o uso das redes sociais. Não temos um contraponto, mostrando ou os pontos positivos, ou um meio de utilizarmos tais ferramentas, de forma mais segura. O conselho dado é desistir e abandonar.


Mas, como o próprio documentário diz, a decisão é sua, entre querer confiar nele, ou em mim. Só pense bem, em quem (ou o que) você deve acreditar.

 


Nota: ⭐⭐⭐⭐ (Ótimo)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Arremessando Alto (Netflix) – Crítica

cinepop.com.br Embora tenha sucesso, de público diga se passagem, nas comédias, o ator Adam Sandler já não causa mais surpresa quando aposta em projetos mais dramáticos. Aliás, essas escolhas, geralmente, são acertadas. Ele já trabalhou com diretores do alto gabarito, como Paul Thomas Anderson ( “Embriagado de Amor” ), os Irmãos Safdie ( “Joias Brutas” ), Noah Baumbach ( “Os Meyerowitz” ), Jason Reitman ( “Homens, Mulheres e Filhos” ). Todos esses exemplos, longe da sua produtora, Happy Madison . Apesar da desconfiança, “Arremessando Alto” pode ser a exceção que confirma a regra, de que Sandler “não dá certo” produzindo e atuando, ao mesmo tempo. O filme, recém-lançado, na Netflix, traz um Adam Sandler mais próximo do real, já que o ator é um fã confesso de basquete. “Arremessando Alto” é dirigido por Jeremiah Zagar ( “We The Animals” ), e traz Sandler na pele de Stanley Surgerman, um olheiro do Philadelphia 76ers, tradicional clube da NBA, a principal Liga de Basquete Am

Continência ao Amor (Netflix) – Crítica

tecmundo.com.br “ Continência ao Amor” , sem dúvida, pelo menos, em termos de popularidade, é um dos maiores sucessos da Netflix, no ano. Liderando por semanas, em visualizações, o filme é do gênero romance, e apela para tropes básicos como: um casal formado por opostos, inicialmente precisando fingir um relacionamento, porém desenvolvendo maiores sentimentos. A direção é comandada por Elizabeth Allen Rosenbaum, experiente em produções focadas no público jovem. Aqui, ela, pela primeira vez, tenta trazer uma obra, um pouco, mais dramática, enquanto equilibra uma série de clichês. Embora tenha até êxito nisso, a primeiro momento, os desdobramentos, desse aspecto mais sério, não acompanham a narrativa. Na trama, em si, conhecemos Cassie (Sofia Carson), uma jovem latina e liberal, que encontra Luke (Nicholas Galitzine), um rapaz militar e conservador, que possui uma relação distante com seu pai. No sentido de apresentação de seus personagens, até que o filme funciona. O bás

Ghostbusters: Mais Além (Crítica)

cinepop.com.br Mais do que fantasmas, os cinéfilos tinham medo eram das continuações de “Caça-Fantasmas” (1984), que no filme original era estrelado por Bill Murray, Dan Aykroyd, Harold Ramis e Erine Hudson, com direção de Ivan Retiman.   Depois de tantas decepções, em suas sequências, será que precisaríamos de mais uma? A Sony acreditava que sim, e lançou “Ghostbusters: Mais Além” , que tenta homenagear o original, mas também seguir em frente, como o possível início de novas aventuras.   Na trama da vez, iniciamos com uma mãe viúva e seus dois filhos sendo obrigados a se mudarem, para uma casa isolada, no interior. Localizada na fazenda do avô das crianças, se descobre que o local possui uma ligação com o Universo dos Caças-Fantasmas.   A direção de “Ghostbusters: Mais Além” fica a cargo de Jason Reitman, filho do diretor dos originais, que recebe a incumbência de retomar a franquia do pai. Embora pareça apenas uma escolha pelo parentesco, é importante ressaltar que ele vem de traba