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Embora a Pandemia tenha
maximizado questões como isolamento e comunicação com o distante, a ficção científica
já explorava isso, bem antes da COVID-19. O mais curioso é que “O Céu da Meia-Noite”,
recém-lançamento da Netflix, estrelado e dirigido por George Clooney, foi
filmado antes da Pandemia, mas que teve sua data de lançamento bastante atrelada
ao seu tema.
A história foca em Augustine
(Clooney), um cientista que após descobrir uma doença terminal, decide ficar na
Terra, mesmo que o Planeta esteja abandonado, em virtude de uma ameaça radioativa.
Assim, o protagonista decide estudar o desenvolvimento do ambiente, aliada a
esperança de que alguém encontre um novo habitat para a humanidade.
Vivendo de maneira simples, a
perspectiva do protagonista muda, após encontrar uma criança que foi esquecida,
além da chegada de uma equipe de astronautas, que tenta voltar à Terra, a
qualquer custo, mesmo sem comunicação com o planeta.
Dessa maneira, o longa
divide-se em dois núcleos: Um com Augustine e a criança tentando sobreviver, na
Terra, e o outro no espaço, com os astronautas tentando lidar com as circunstâncias,
que suas escolhas obrigaram a conviver. Embora essa separação seja interessante,
o ritmo atrapalha a boa ideia estabelecida.
Enquanto a jornada de Augustine
é atrativa e encantadora, a ação do núcleo de astronautas peca, quando é exigido
maiores efeitos de produção. Para piorar, é, justamente, com Augustine que
temos a melhor sequência de ação.
No final, fica a sensação de
irregularidade, onde “O Céu da Meia-Noite” acerta, em cheio, no que envolve
o personagem de Clooney, que alinha bem a interpretação e a jornada roteirizada,
mas que falha na ação e na mensagem final, que, para muitos, pode gerar uma sensação
de cafonice.
Mesmo assim, vale pelo seu
tom otimista e esperançoso, que se alinha perfeitamente com o momento em que
vivemos.
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