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É impossível não dizer que
os musicais da Broadway não possuem um clima mágico, em torno de si mesmos. Por
isso, não é novidade nenhuma termos adaptações cinematográficas de alguns de
seus espetáculos, com o objetivo de tornar tais “shows” de fácil acesso a
todos.
Como exemplo disso, temos de
tudo. Desde sucessos como “Grease” (1978), “Chicago” (2002) e “Mamma
Mia!” (2008), até o fracasso, recente, de “Cats” (2019). Daí surge a
grande dúvida: Continuar a adaptar ou não?
A bola da vez é “A Festa
da Formatura”, uma comédia musical, dirigida por Ryan Murphy, que adapta
uma peça de 2016. O roteiro é de responsabilidade da dupla Chad Beguelin e Bob
Martin, que se inspira na história de Constance McMillen, uma jovem estudante, que
teve sua festa de formatura cancelada, logo depois de anunciar que iria ao evento
com sua namorada.
Para dar mais sustância a história,
a trama aposta em focar na dupla Dee Dee Allen (Meryl Streep) e Barry Glickman
(James Corden), que acabaram de ter seu espetáculo massacrado pela crítica
especializada. Ao descobrir que muito do “hate” vem pelo fato do dois
serem vistos como narcisistas, eles decidem tentar realizar algo que valorize
seus papeis sociais.
O plano, com a ajuda da
corista Angie Dickson (Nicole Kidman) e do ator Trent Oliver (Andrew Rannels),
é ajudar Emma Nolan (Jo Ellen Pellman), uma estudante do Texas, curtir a sua festa
de formatura com a mulher que ama, Alyssa (Ariana Debose). Porém a representante
dos pais, na escola, interpretada por Kerry Washington, promete impedir isso, instaurando
uma visão conservadora, na região.
Olhando à primeira vista, a
premissa é muito pertinente. Porém, a execução é péssima. O filme aposta em
algo colorido, emulando trabalhos anteriores de Ryan Murphy, como por exemplo, “Glee”,
mas que não, necessariamente, funciona nos dias de hoje.
A começar pela duração do
longa. Duas horas e vinte, que poderiam ser reduzidos a uma hora e meia,
facilmente. Sem contar no excesso de canções, que contraposto aos diálogos, os
tornam pobres demais. Algumas letras, se pegas ao pé da letra, beiram o
absurdo. Exceto, uma canção, que é preciso destacar, positivamente, que faz uma
boa reflexão sobre a incoerência do preconceito, em meio ao amor cristão.
Nas atuações, outra escolha
decepciona. Nicole Kidman, num papel extremamente secundário, convence na atuação,
em contraposição a James Corden, que tem mais tempo de tela, porém não tem uma
veia dramática, tão convincente.
Quanto ao casal principal,
Jo Ellen Pellman e Ariana Debosese se esforçam, mas a falta de um protagonista
claro, ao longa, atrapalha, um pouco, suas interpretações.
“A Festa de Formatura”,
apesar da grande dupla Nicole Kidman e Meryl Streep, e da bonita mensagem do
amor ao próximo, escorrega feio no seu ritmo e na sua execução. Se você ama
musical, pode até ir em frente e se entregar, senão, procure outra opção.
Nota: 🌟🌟 (Ruim)
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