Pular para o conteúdo principal

Amor e Monstros (Netflix) – Crítica

adorocinema.com


Geralmente, quando temos uma história de apocalipse nos cinemas, existem duas escolhas de gênero: Ação ou Comédia. E em qualquer uma delas, os efeitos visuais são importantes, pois a veracidade é fundamental para identificação da história com o público. “Amor e Monstros”, recém lançamento da Netflix, conseguiu a proeza de atingir as duas camadas.


Michael Matthews (“Guerreiros de Marselha”) é o responsável pela direção do longa, que, em sua história, foca-se sete anos após o Apocalipse. O filme começa com uma animação, que nos explica o que aconteceu com a civilização, após terem que se defender de asteroides, que atacaram, em direção à Terra.


Apesar do êxito de terem conseguido derrotar o ataque, compostos químicos caíram no planeta, criando mutações em animais, os transformando em gigantes e raivosos. Assim, em apenas um ano, 95% da população foi dizimada, pois os seres humanos viraram alimento, para esses “bichos”.


Na história, acompanhamos a jornada de Joel Dawson (Dylan O’ Brien), um garoto, que decide deixar o bunker, onde mora com uma comunidade de sobreviventes, para reencontrar Aimee (Jessica Hanwick), sua namorada, que se encontra junto de outro grupo, a quilômetros dali.


O roteiro é bem simples. Brian Duffield (“Ameaça Profunda”) e Matthew Robinson (“Dora e a Cidade Perdida”) não trazem grandes novidades, apenas levam seu protagonista do ponto A ao B. Mesmo assim, o texto é bom.


Porém, o maior destaque, mesmo, fica para o design de produção e para os efeitos visuais. Essa última categoria, inclusive, rendeu uma indicação ao Oscar. A direção acerta em não abusar do CGI, criando um design para os monstros com muito realismo, potencializando detalhes, que diferenciam as criaturas, entre elas.


Sobre o protagonista, O’Brien entrega o carisma necessário, e alimenta bem algumas cenas, com um excelente timing nas piadas. O personagem é de fácil identificação, pois é apenas um garoto normal, sem muita força e nenhum dom. Apenas uma motivação sincera e o bom humor já encanta.


“Amor e Monstros” é uma grata surpresa no catálogo da Netflix. Tem inclusive, material para ser utilizado em uma, possível, sequência. Quem sabe mais tempo para Michael Rooker e Ariana Greenblatt, que fazem, aqui, duas excelentes participações.



Nota: ⭐⭐⭐⭐ (Ótimo)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Arremessando Alto (Netflix) – Crítica

cinepop.com.br Embora tenha sucesso, de público diga se passagem, nas comédias, o ator Adam Sandler já não causa mais surpresa quando aposta em projetos mais dramáticos. Aliás, essas escolhas, geralmente, são acertadas. Ele já trabalhou com diretores do alto gabarito, como Paul Thomas Anderson ( “Embriagado de Amor” ), os Irmãos Safdie ( “Joias Brutas” ), Noah Baumbach ( “Os Meyerowitz” ), Jason Reitman ( “Homens, Mulheres e Filhos” ). Todos esses exemplos, longe da sua produtora, Happy Madison . Apesar da desconfiança, “Arremessando Alto” pode ser a exceção que confirma a regra, de que Sandler “não dá certo” produzindo e atuando, ao mesmo tempo. O filme, recém-lançado, na Netflix, traz um Adam Sandler mais próximo do real, já que o ator é um fã confesso de basquete. “Arremessando Alto” é dirigido por Jeremiah Zagar ( “We The Animals” ), e traz Sandler na pele de Stanley Surgerman, um olheiro do Philadelphia 76ers, tradicional clube da NBA, a principal Liga de Basquete Am

Continência ao Amor (Netflix) – Crítica

tecmundo.com.br “ Continência ao Amor” , sem dúvida, pelo menos, em termos de popularidade, é um dos maiores sucessos da Netflix, no ano. Liderando por semanas, em visualizações, o filme é do gênero romance, e apela para tropes básicos como: um casal formado por opostos, inicialmente precisando fingir um relacionamento, porém desenvolvendo maiores sentimentos. A direção é comandada por Elizabeth Allen Rosenbaum, experiente em produções focadas no público jovem. Aqui, ela, pela primeira vez, tenta trazer uma obra, um pouco, mais dramática, enquanto equilibra uma série de clichês. Embora tenha até êxito nisso, a primeiro momento, os desdobramentos, desse aspecto mais sério, não acompanham a narrativa. Na trama, em si, conhecemos Cassie (Sofia Carson), uma jovem latina e liberal, que encontra Luke (Nicholas Galitzine), um rapaz militar e conservador, que possui uma relação distante com seu pai. No sentido de apresentação de seus personagens, até que o filme funciona. O bás

Ghostbusters: Mais Além (Crítica)

cinepop.com.br Mais do que fantasmas, os cinéfilos tinham medo eram das continuações de “Caça-Fantasmas” (1984), que no filme original era estrelado por Bill Murray, Dan Aykroyd, Harold Ramis e Erine Hudson, com direção de Ivan Retiman.   Depois de tantas decepções, em suas sequências, será que precisaríamos de mais uma? A Sony acreditava que sim, e lançou “Ghostbusters: Mais Além” , que tenta homenagear o original, mas também seguir em frente, como o possível início de novas aventuras.   Na trama da vez, iniciamos com uma mãe viúva e seus dois filhos sendo obrigados a se mudarem, para uma casa isolada, no interior. Localizada na fazenda do avô das crianças, se descobre que o local possui uma ligação com o Universo dos Caças-Fantasmas.   A direção de “Ghostbusters: Mais Além” fica a cargo de Jason Reitman, filho do diretor dos originais, que recebe a incumbência de retomar a franquia do pai. Embora pareça apenas uma escolha pelo parentesco, é importante ressaltar que ele vem de traba