Pular para o conteúdo principal

O Grande Ivan (Disney+) – Crítica

poltronanerd.com.br

“O Grande Ivan” é um filme que adapta a história infantil, de mesmo nome, escrita por K.A. Applegate. O conto é inspirado na vida de Ivan, um gorila que foi resgatado por caçadores ilegais, que o raptaram, no Congo. O animal acabou indo parar num circo, onde passou mais de 20 anos, lá.


No longa original Disney+, os animais apesar de serem criados por computador, possuem um visual impressionante, algo parecido com os vistos nos live-actions recentes, da produtora.


O elenco é encabeçado por Sam Rockwell, que vive o protagonista, um gorila carismático, que se vê num embate: Continuar cumprindo sua função de animar o circo, onde vive, ou tentar uma jornada mais pessoal. A sua volta, ele conta com grandes amigos, como a elefanta Stella (Angelina Jolie), uma galinha (Chaka Khan) que rebate bolas de beisebol, um coelho que ainda de carro de brinquedo, uma arara tagarela (Phillipa Soo), uma poodle (Helen Mirren). Além deles, temos o melhor amigo de Ivan, o cachorro Bob (Danny DeVito).


Apesar da variedade incrível, o roteiro não sabe aproveitar isso, e acaba tendo um ritmo irregular, fazendo com que o filme não consiga atingir o que é esperado. Um exemplo disso está na habilidade de Ivan de pintar, que é colocada sem peso nenhum, podendo ser, naturalmente, descartada da história.


Outro problema está na inserção da elefanta Ruby (Brooklynn Prince). A mais recém-chegada do circo tem um conflito próprio, onde se debate o seu medo de se apresentar nos palcos, mas que se perde, sendo trocado, no meio do filme, para uma fuga, inexplicável, para a liberdade. As duas tramas são boas, porém a troca é muito abrupta, e sua jornada fica rasa e sem peso.


Para encher mais a história, o filme ainda quer apresentar os humanos. Mack (Bryan Cranston) é o dono do circo, mas tem uma jornada sem rumo, pois o roteiro o inicia como um “vilão”, que só pensa em dinheiro, e depois foca no seu amor pelos animais. O término do personagem, pelo menos, melhora do que foi visto no começo.


Fechando o elenco principal, temos a dupla de pai e filha, George (Ramón Rodríguez) e Julia (Ariana Greenblatt), que apesar do carisma, tem uma jornada sem muita força.


Apesar de não fazer jus a bonita história real do gorila, “O Grande Ivan”, pelo menos, tem uma técnica impressionante, um bom elenco e diverte, na maioria do tempo. Sem muita pretensão, vendo como um passatempo para família, o longa tem uma boa função.



Nota: 🌟🌟🌟 (Ok)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Artemis Fowl: O Mundo Secreto (Crítica)

canaltech.com.br A Disney quer, por que quer, trazer uma franquia nova, focada no misticismo. Depois de “Uma Dobra no Tempo” (2018), a aposta está em  “Artemis Fowl: O Mundo Secreto” . Mas o problema persiste. Com a assinatura de Kenneth Branagh, a obra tenta adaptar os dois primeiros volumes da famosa série literária, escrita por Eoin Colfer. O filme parte da história de Artemis Fowl (Ferdia Shaw), um garoto de 12 anos, muito inteligente (pelo menos, é o que filme tenta nos contar), que acaba descobrindo um segredo da sua família, e precisa embarcar numa jornada mágica. A maior falha, sem dúvida, está na premissa. O garoto, protagonista, não demonstra, em momento algum, sua habilidade na arte criminal. Ao invés disso, o longa prefere apostar na imagem, deixando o texto de lado. E antes, que alguém venha defender esse tipo de proposta, temos que lembrar que o cinema é formado pelo estabelecimento de uma linguagem orgânica, entre imagem e qualquer outra coisa, for...

Freaks: Um de Nós (Netflix) - Crítica

deveserisso.com.br A Netflix parece querer mesmo construir sua própria franquia de super heróis. E a aposta do momento está em “Freaks: Um de Nós” . A “bola da vez” começa sua história de um close, onde é mostrado um olhar amedrontado, que provoca curiosidade ao espectador. A partir daí, somos convidados a seguir a caminhada de Wendy (Cornelia Gröschel), que possui uma vida simples, ao lado de sua família, e com seu trabalho estressante em um restaurante, onde sonha ganhar uma promoção. Porém, tudo muda quando um morador de rua a aborda, dizendo que sua vida pode ser mais do que aquilo. Independente da boa premissa, o filme muda de pauta, rapidamente. Resolvendo apostar numa metáfora, de que o uso de remédios impede o verdadeiro potencial de todos nós. Para piorar a situação, joga-se, sem muita explicação, várias referências aos quadrinhos e a mitologia grega, que não acrescenta em nada a trama, já confusa. Acentuando, ainda mais, seus erros, o longa alemão busca misturar u...

A Caminho da Lua (Netflix) - Crítica

liberal.com.br Após o grande sucesso de “Klaus” (2019), a Netflix resolveu, de vez, apostar em animações. O projeto do momento trata-se de “A Caminho da Lua” , que foca na perda e na própria aceitação, como os seus temas principais. Uma questão, que se deve ressaltar, é que essa animação é focada, prioritariamente, nas crianças. Portanto, não vá assistir “como um adulto”, pois a decepção pode ser grande. Outra característica é a utilização excessiva de canções, em formatos de esquete, que para quem não curta tanto o gênero Musical, pode incomodar. A premissa parte da história de Fei Fei, uma garota que, desde pequena, acredita no mito, contado pelo seus pais, sobre a Deusa da Lua. No meio disso, a menina perde sua mãe, e tenta, ao máximo, conservar sua crença como um símbolo, desse laço maternal. No meio disso, com o passar dos anos, seu pai pretende se casar novamente, assim, Fei Fei acaba ganhando um “irmão mais novo”, que se torna o responsável pelo lado cômico do filme. Nesse come...