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Army of the Dead (Netflix) – Crítica

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Zack Snyder, certamente, está na lista de diretores, que possui uma legião de fãs, por trás. Ele, que passou os últimos dez anos dedicados ao Universo DC, retoma ao cinema original, em “Army of the Dead”. E sendo bancado pela Netflix, Snyder ganhou carta branca para fazer o que bem entendesse.


Talvez, isso tenha sido o maior problema. “Army of the Dead” é uma salada de boas ideias, mas que parecem funcionar separadamente. Porém juntas, num roteiro inchado, as 2h30min de duração parecem uma eternidade.


Não podemos negar, como é bonito ver um diretor autoral, sem as amarraras do mercado. Mesmo assim, aqui, faltou um produtor ao lado de Snyder, para ajudá-lo a se concentrar no principal: contar uma única história, de maneira objetiva.


O mais engraçado é que o plot é bem simples: Uma infestação de zumbis transforma Las Vegas em terra de ninguém. Murada por uma parede de containers, a cidade está marcada para a destruição, com um ataque nuclear a ser celebrado pelo presidente dos Estados Unidos. Com essa contagem regressiva, um grupo de mercenários precisa entrar na cidade, e recuperar US$ 200 milhões, no cofre de um cassino.


A promessa era de uma mistura divertida entre “Onze Homens e um Segredo” (2001), onde cada membro da equipe teria uma habilidade especial, e “Madrugada do Mortos” (2004), melhor trabalho de Snyder, onde também se passava em um apocalipse zumbi.


Entretanto, “Army of the Dead” peca pelo excesso. Ao invés de ir para o simples, como o apresentado, Snyder se empolga e decide colocar um drama de pai e filha, uma guerra biológica e uma disputa política, entre zumbis, no que prezava pela objetividade.


Com milhares de subtramas, e infinitos personagens, “Army of te Dead” tem muita gordura. E até mesmo as cenas de ação empolgantes, algo que o diretor sabe fazer, não acontecem, sendo substituídas por sequencias de videogames, dos anos 90.


E até mesmo referências a outros grandes filmes do gênero, como “Terra dos Mortos” (2005), “Fantasmas de Marte” (2001) e “Aliens – O Resgate” (1986) não são suficientes, para ajudar na identificação de uma história tão pobre com o público.


Resumindo, parece que “Army of the Dead” mirou em “Madrugada dos Mortos” e acertou em “Esquadrão 6” (2019).



Nota: ⭐⭐ (Ruim)

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