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Com a permanência da
pandemia da Covid-19, em nossas vidas, foi necessário se pensar outras formas
de se produzir. Tendo que lidar com o distanciamento social, o audiovisual teve
que se adaptar, também.
Aproveitando que o público
já se acostumou com as “telas” das videochamadas, que estão cada vez mais
presentes, no nosso cotidiano, somado a exemplos cinematográficos, já
produzidos, como “Amizade Desfeita” (2014) e “Buscando...” (2018),
ganhamos, praticamente, um novo subgênero, que, quem sabe, pode ainda ser
aproveitado, pós-pandemia.
No Brasil, até o momento, a
comédia tem se aproveitado bem, desse tipo de tecnologia. O canal Porta dos
Fundos já vem, há um bom tempo, realizando suas encenações por
videochamada. Nessa mesma onda, chega as plataformas digitais, “Como Hackear
Seu Chefe”.
Dirigido e roteirizado por
Fabrício Bittar (Vinícius Perez também assina o roteiro), o longa dribla o efeito
da pandemia, utilizando-se da comédia de improviso, que se mostra atemporal. Respeitando
o que é possível, no momento, praticamente tudo é realizado por teleconferência.
Num encontro virtual, uma equipe
de trabalho se reúne, regularmente, para tratar dos assuntos da empresa.
Logo no primeiro contato,
com o público, já é explicado do que se irá abordar a trama: Uma dupla de
jovens precisará montar uma apresentação para novos investidores. Entretanto, um
dos responsáveis, pelo trabalho, terá que apagar um e-mail, enviado, por
engano, onde ele achincalha o chefe.
O protagonista dessa
confusão é Victor, um jovem deprimido, desde o fim de seu último namoro, que leva
uma vida tediosa. Quem interpreta esse personagem é Victor Lamoglia, que
sustenta bem o humor pedido, mesmo com a interação limitada.
Contracenando, diretamente,
com Lamoglia, temos Thati Lopes, que se sente à vontade com o formato, trazendo
o melhor do seu humor, já conhecido.
Além da dupla, o elenco
também conta com Paulinho Serra, Augusto Madeira, Esdras Saturnino, Fafá Rennó
e Nuno Leal Maia, que não são inseridos de maneira adequada, no roteiro,
restando apenas piadas pontuais, a cada um deles, mesmo que sem sucesso. Fica
mais difícil entender, quando o filme, ao invés de dar mais tempo a eles,
prefere inserir esquetes nulas e excessivas, que não se justificam, no todo.
Embora o conteúdo tenha
inúmeros problemas de ritmo e seguimento, o formato ousado salva. Nada melhor,
no tempo atual, falarmos mais desse universo, que nos imerge, por meio de telas,
e que virou habitual, em nossas vidas, em poucos meses.
Pena que faltou um roteiro
mais objetivo.
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