Pular para o conteúdo principal

Free Guy: Assumindo o Controle (Crítica)

disneyplusbrasil.com.br


Depois de um bom tempo, enumerando papéis sem grandes expressões, Ryan Reynolds parece ter encontrado o verdadeiro sucesso, na carreira, ao assumir sua personalidade cômica e adequá-la aos seus projetos.


E a bola da vez está em “Free Guy: Assumindo o Controle”, onde Reynolds pode usufruir além da sua comédia, seu lado mais nerd.


O enredo foca em Guy (Reynolds), um homem simples, que trabalha num caixa de banco, e vive tranquilamente, numa metrópole, onde ocorre inúmeros fatos extraordinários, em volta. Entretanto, tudo muda, quando o personagem desperta e acaba descobrindo uma realidade aumentada, onde ganha-se um novo sentido.


Num estilo “Detona Ralph”, Guy tenta descobrir seu propósito. Para isso, ele precisará deter Antwan (Taika Waititi), um megaempresário do mundo dos games, que tenta impedir que o nosso herói se liberte. Aqui, talvez, esteja a única derrapada, ao se apostar num vilão, excessivamente, caricato e que não inova.


Mesmo assim, com uma interessante premissa, o longa tenta inserir aspectos experimentais, ao seu lado blockbuster. Porém, ao brincar nessa estrutura, “Free Guy: Assumindo o Controle” aposta na certeira jornada do “herói, cidadão comum, ajudando sua cidade”. O que gera empatia ao espectador, no primeiro instante.


Ainda que a parte técnica seja o primeiro grande acerto a se perceber, o roteiro e o protagonista carismático é o que alavanca de vez, a qualidade da produção.


Escrito por Matt Lieverman e Zak Penn, a história é dinâmica e tem uma jornada própria, que vai além da pura metalinguagem. Essa trama com um Ryan Reynolds solto, que abraça a persona e brinca com a proposta, é o que faz o filme decolar. Reynolds repete sua veia cômica própria, usufruindo de seu humor ácido e debochado.


Dirigido por Shawn Levy, que sabe, como ninguém, dar significado a toda “nerdice” envolvida, “Free Guy: Assumindo o Controle” apresenta uma história simples, com um protagonista carismático e muito bom-humor. Perfeito, para o dia em que vivemos.



Nota: ⭐⭐⭐⭐ (Ótimo)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Marcas da Maldição (Netflix) – Crítica

cinepop.com.br Mais de vinte anos, após a estreia de “A Bruxa de Blair” (1999), maior sucesso do gênero Terror com câmera na mão, a Netflix traz um novo filme com essa abordagem. O principal chamariz, para o longa dos anos 90, era a inauguração da onda de focar no uso de fitas abandonadas, com imagens de florestas assustador a s, onde habit avam maldições. Tentando retomar essa “ vibe” antiga, o diretor Kevin Ko lança seu “Marcas da Maldição” . O cineasta já é bastante conhecido, pelo talento de proporcionar “bons sustos” e criar uma atmosfera crescente, a partir de suas imagens. Em tela, é apresentado um ciclo, composto por pessoas curiosas, que se aproximam de lugares proibitivos, que acabam gerando situações amedrontadoras, como consequência as mesmas. Aqui, temos um grupo que tenta desmascarar casos sobrenaturais, para seu canal, no Youtube. Porém, eles acabam se envolvendo num ritual real, morrem e sobra apenas uma jovem mãe (Hsuan-yen Tsai), dos integrantes . ...

A Família Addams 2: Pé na Estrada (Crítica)

loucosporfilmes.net Só começar a música, que todos já começam a estalar os dedos. Nesse ritmo, chega, até nós, a sequência da animação de “A Família Addams” (2019), muito pelo sucesso desta primeira produção. Porém, o fator pandemia atrapalhou a MGM e Universal Pictures, na divulgação do longa. Mesmo depois de muita espera, “A Família Addams 2: Pé na Estrada” conseguiu chegar aos cinemas, e, infelizmente, não passa nem perto, em termos de qualidade, de seu antecessor. A aposta da vez foi colocar nossa adorável família viajando, pelos Estados Unidos. Pena, que toda essa tentativa de road movie familiar não tenha nada de memorável. Apesar de bons momentos, se pegos isolados, tudo fica inserido num grande remendo. Ao final da história, fica a sensação de que o trio de roteiristas (Dan Hernandez, Benji Samit e Ben Queen) achou que apenas a força de seus personagens já iria satisfazer o espectador. A principal característica da franquia, sem dúvida, é de colocar seus protag...

Beckett (Netflix) – Crítica

aodisseia.com Um velho artifício para se produzir uma história, que prenda o espectador do início ao fim, é escolher uma trama que envolva paranoia e teorias da conspiração. Nessa “vibe”, a Netflix aposta em “Beckett” , um thriller que promete. Beckett é o nome do protagonista, interpretado por John David Washington ( “Infiltrado na Klan” ), que está de férias com a namorada, April (Alicia Vikander), em Atenas, na Grécia. Durante a hospedagem, em um hotel, eles ficam sabendo de um protesto, que irá ocorrer próximo, e então decidem viajar, de carro, para o interior. Porém, durante o trajeto, o casal sofre um acidente. Beckett perde a esposa e ele acaba vendo um menino ruivo, antes de desacordar. Depois de ser resgatado, Beckett se vê caçado, sem saber o porquê, e precisa lutar para chegar à embaixada americana, em Atenas. A direção de “Beckett” é comandada por Ferdinando Cito Filomarino, e possui dois grandes arcos. O primeiro foca mais nas férias felizes do casal protagoni...