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A aposta da vez do Marvel
Studios é retomar a “vibe” do início do projeto. A Fase 4 do Universo
Cinematográfico da Marvel (MCU) teve seu pontapé, nas séries do Disney+ (muito
pelo fator Pandemia), porém o futuro, mesmo, começa agora, com “Shang-Chi e a
Lenda dos Dez Anéis”.
Aqui conhecemos um cenário,
completamente, inédito, com novos heróis, vilões, coadjuvantes. Entretanto,
ainda é preservado a forma clássica de um filme de origem: O protagonista que
tem sua vida, completamente, revirada, e descobre poderes. Ao mesmo tempo, em
que precisa lidar com ameaças gigantescas.
No âmbito da vez, a estrela
da história é Shang-Chi (Simu Liu), um guerreiro em artes marciais, que vive escondido
em São Francisco, sob a alcunha de Shau-sim, e trabalha como manobrista, ao
lado de sua amiga Katy (Awkwafina).
No entanto, tudo muda quando
um grupo de assassinos, intitulado Dez Anéis, são enviados pelo seu pai, Wenwu
(Tony Leung), em busca de Shang-Chi, para que o herdeiro volte, a ponto de tomar
conta dos negócios, já que o patriarca está prestes a morrer.
Apesar do Marvel Studios
manter o alto padrão no seu humor, trata-se de um filme de origem, e assim
carrega-se todos os percalços que esse tipo de trama leva consigo. Muito do
enredo é contado e não mostrado, onde temos narrações em off e um “curso
técnico” de magia.
Isso, inclusive, é um grande
obstáculo da trama. Depois de ver o filme, o espectador sente que conhece bem, todo
o Universo apresentado, todavia, descobrimos muito pouco do protagonista. Ele é
engraçado? Arrogante? Inteligente? Shang-Chi é uma parede em branco.
Deixando claro, que o
problema está no roteiro e não nas atuações. Awkwafina e Leung brilham em cena,
e ajudam muito o protagonista.
Leung mostra o peso de seu
vilão, até mesmo no silêncio. Sua estreia em Hollywood é cuidadosa e permite
descobrirmos várias nuances, de seu personagem. Há momentos, em que o ator nem
fala, só atua pelo olhar.
Já Awkwafina traz sua ótima
veia cômica, utilizando-se de um timing perfeito. Porém, voltando ao roteiro,
sua personagem é prejudicada pela excessiva explicação e tentativa de mantê-la
importante, na trama, durante todo o tempo.
Indo para a ação, vendida
como maior trunfo do projeto, fica na média. As coreografias de luta corpo a
corpo são ótimas, referenciando bem o cinema asiático. Tudo comandado por Destin
Daniel Cretton e sua equipe de dublês, que consegue transmitir até sentimentos,
em volta de seus combates.
Contudo, todos esses elogios
são direcionados ao início da trama. Com o passar do filme, o uso de CGI e
efeitos especiais são mais requeridos, e distorcem um pouco o acerto realista,
anteriormente, proposto.
A batalha final, inclusive,
é de chorar. Temos um cenário, completamente, cinzento, movimentações rápidas
de câmera, e falta de clareza no combate. Nítido só os rostos dos personagens,
claramente, inseridos digitalmente.
Entre acertos e erros, “Shang-Chi
e a Lenda dos Dez Anéis” pode sinalizar alguma novidade para o MCU. Mesmo
com a atuação morna do protagonista e um roteiro pobre, há alguns destaques (já
mencionados no texto), que salvam, um pouco, a experiência.
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