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Antes da compra da Lucasfilm,
pela Disney, acontecer, “Star Wars” passava longe de ser um
Universo ordenado. E isso não é um demérito, já que com livros, jogos, e outros
produtos, puderam explorar diversos artistas, com suas visões particulares,
trazendo um pouco mais de criatividade, algo que se perdeu, principalmente
vindo da Trilogia Sequel.
Tentando recuperar esse
pilar inovador, “Star Wars: Visions” é uma grata volta ao passado da
franquia.
Gerada pela Lucasfilm, com o
intuito de explorar mais da galáxia, sem se prender a Saga dos Skywalker (o que
já agradecemos), “Visions” funciona como uma antologia separada, algo
parecido com o visto em “Animatrix” (“Matrix”) e “What If...?”
(Marvel Studios). Porém, ao contrário das duas citadas, a nova aventura não deriva
dos acontecimentos da principal, apenas o “espírito” da obra é usado por sete
estúdios de animação japoneses, dando um toque oriental a franquia.
Um problema assumido, até
mesmo para os fãs, em Star Wars, foi a dificuldade da Saga em se desgarrar de
seus ícones. Até mesmo a recente trilogia não conseguiu chegar a um consenso de
deixar o passado, de forma tranquila e respeitando o cerne, e criar um futuro
novo. Daí vem a principal força de “Visions”, que pega o antigo e adapta-o
a uma nova realidade.
Assim, o produto gerado é
novo, mas ainda sim traz influências da franquia, ao longo de seus nove
episódios.
Sobre os aspectos técnicos, “Star
Wars: Visions” consegue mesclar bem inúmeros tipos de animação. Mesmo os
episódios que são produzidos por um mesmo estúdio, possuem traços variados, dando
um tom exclusivo para cada aventura. Tudo isso, claramente, inspirado na arte de
samurai de Akira Kurosawa.
É bem verdade que alguém
possa usar o fato dessa série se encontrar numa plataforma de streaming, como a
justificativa de existir, porém o sentimento gerado ao espectador é único. E
mesmo sendo irregular, com alguns episódios melhores que outros, o saldo final
é extremamente satisfatório.
Nota: ⭐⭐⭐⭐ (Ótimo)
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