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Exército de Ladrões: Invasão da Europa (Netflix) – Crítica

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Apesar de ser um derivado de “Army of the Dead: Invasão em Las Vegas”, que foi lançado em maio, também pela Netflix, “Exército de Ladrões: Invasão da Europa” é bem mais leve e divertido, que o “filme principal”, dirigido por Zack Snyder.


A direção fica por conta de Matthias Schweingöfer (que também está no elenco, reprisando seu papel visto, no longa anterior), tentando se afastar, ao máximo, do estilo próprio de Snyder, que é bastante reconhecido em “Army of the Dead”.


Começando pela fotografia, que abandona o ensolarado anterior, e aposta na “limpeza fria” traga pelo fotógrafo Bernhard Jasper. O tipo de trama também muda, sai o apocalipse zumbi, e entra um thriller de assalto. Isso dá até mais fôlego ao espectador, já que o longa ganha, em dinamismo.


O enredo é uma prequel de “Army of the Dead”, onde encontramos o bancário Dieter (Schweingöfer), o já conhecido arrombador, sendo recrutado pela experiente ladra Gwendoline (Nathalie Emmanuel). Ela precisa de ajuda para realizar três assaltos complicados, em três países diferentes. A ideia é roubar cofres, que são considerados impossíveis de arrombar, já que foram desenhados pelos maiores construtores do ramo.


Além de Dieter e Gwen, completam a equipe: o depravado Rolph (Guz Khan), a hacker Korina (Ruby O. Fee) e o brutamonte Brad Cage (Stuart Martin).


O roteiro fica a cargo de Shay Hatten, que também trabalhou em “Army of the Dead”, porém sabe apresentar melhor seus personagens, aqui. Até mesmo a condução da trama é mais linear, pois quase tudo o que é mostrado será importante para a finalização da trama.


Apesar de errar pouco, o maior deslize de “Exército de Ladrões: Invasão da Europa” ocorre, justamente, quando precisa se situar na “franquia Army of the Dead”. As amarras, apesar de bem distribuídas, ao longo do filme, são muito forçadas e parece que o longa está sempre tentando justificar que tudo faz parte de um Universo maior.


“Exército de Ladrões: Invasão da Europa”, no geral, se mostra como uma aventura divertida, que consegue distrair bem o espectador. Porém, quando o filme lembra de onde ele veio (no caso, do seu filme principal), ele nos entristece.



Nota: ⭐⭐⭐ (Ok)

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