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Apesar de tropeçar, a
franquia Halloween esteve, a todo momento, presente entre nós. Embora com alguns equívocos,
o público geral sempre teve um relativo apego a jornada de Laurie Strode, em busca
de vingança contra o assassino Michael Myers.
Mesmo com péssimas adaptações,
não faltam tentativas de recuperar a franquia, principalmente pelo sucesso com
o público, que sempre lhe rendeu um bom lucro. E como em Hollywood, o dinheiro
manda, a franquia sempre reaparece.
“Halloween Kills: O Terror
Continua”, a aposta da vez, começa a partir dos créditos dos
anteriores. Laurie (Jamie Lee Curtis), junto de sua filha e neta, consegue,
depois de muito esforço, deixar Michael Myers com o corpo incendiado, preso no
porão de uma casa.
Enquanto o trio foge, para o
hospital, necessitando socorro, pelos ferimentos, bombeiros chegam à casa, e
tentam apagar o incêndio. Porém, isso facilita o trabalho de Michael, que
consegue escapar e matar todo o batalhão, antes de fugir, em caminhada pela cidade.
Importante de se dizer, que
a trama traz como principal motivação de Myers, retornar a sua casa de infância,
local onde ele matou sua irmã. Do outro lado, temos alguns sobreviventes da
matança do filme original, que voltam aqui, em busca de vingança contra Michael.
Assim, o objetivo de “Halloween
Kills” é realizar um estudo sobre a origem do mal, na humanidade, e o que o
sentimento de vingança pode ocasionar, em uma grande escala.
Esse conceito, igualando
todos nós a monstros, apesar de funcionar na teoria, não é bem executado, aqui.
Na prática, o roteiro de David Gordon Green (que também dirige o longa) não
consegue dá fluidez e inovação a sua ideia. “Halloween Kills” se mostra
o mais do mesmo, apenas com mais sangue.
Sem um foco narrativo,
aproveita-se apenas o terror provocado. O filme cresce no uso de seu fator “gore”,
onde as mortes são bastante violentas (maior “nível de sangue” da franquia).
Embora, Michael Myers mostre-se um serial killer vazio, sem motivação,
muito menos emoção.
Jamie Lee Curtis é a única
que consegue dar um peso dramático ao longa, embora seja um desperdício, já que
o filme prefere deixá-la “em repouso”, como uma mera observadora da trama. Assim, a dinâmica principal fica para Judi Greer e Andi Matichak, que interpretam,
respectivamente, a filha, Karen, e a neta, Allyson.
Que bom que pelo menos, o
foco fica para o poder feminino. Isso alivia, mas não deixa de tornar “Halloween
Kills: O Terror Continua” como um grande desperdício de trama.
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