Pular para o conteúdo principal

Halloween Kills: O Terror Continua (Crítica)

poltronanerd.com.br

Apesar de tropeçar, a franquia Halloween esteve, a todo momento, presente entre nós. Embora com alguns equívocos, o público geral sempre teve um relativo apego a jornada de Laurie Strode, em busca de vingança contra o assassino Michael Myers.


Mesmo com péssimas adaptações, não faltam tentativas de recuperar a franquia, principalmente pelo sucesso com o público, que sempre lhe rendeu um bom lucro. E como em Hollywood, o dinheiro manda, a franquia sempre reaparece.


“Halloween Kills: O Terror Continua”, a aposta da vez, começa a partir dos créditos dos anteriores. Laurie (Jamie Lee Curtis), junto de sua filha e neta, consegue, depois de muito esforço, deixar Michael Myers com o corpo incendiado, preso no porão de uma casa.


Enquanto o trio foge, para o hospital, necessitando socorro, pelos ferimentos, bombeiros chegam à casa, e tentam apagar o incêndio. Porém, isso facilita o trabalho de Michael, que consegue escapar e matar todo o batalhão, antes de fugir, em caminhada pela cidade.


Importante de se dizer, que a trama traz como principal motivação de Myers, retornar a sua casa de infância, local onde ele matou sua irmã. Do outro lado, temos alguns sobreviventes da matança do filme original, que voltam aqui, em busca de vingança contra Michael.


Assim, o objetivo de “Halloween Kills” é realizar um estudo sobre a origem do mal, na humanidade, e o que o sentimento de vingança pode ocasionar, em uma grande escala.


Esse conceito, igualando todos nós a monstros, apesar de funcionar na teoria, não é bem executado, aqui. Na prática, o roteiro de David Gordon Green (que também dirige o longa) não consegue dá fluidez e inovação a sua ideia. “Halloween Kills” se mostra o mais do mesmo, apenas com mais sangue.


Sem um foco narrativo, aproveita-se apenas o terror provocado. O filme cresce no uso de seu fator “gore”, onde as mortes são bastante violentas (maior “nível de sangue” da franquia). Embora, Michael Myers mostre-se um serial killer vazio, sem motivação, muito menos emoção.


Jamie Lee Curtis é a única que consegue dar um peso dramático ao longa, embora seja um desperdício, já que o filme prefere deixá-la “em repouso”, como uma mera observadora da trama. Assim, a dinâmica principal fica para Judi Greer e Andi Matichak, que interpretam, respectivamente, a filha, Karen, e a neta, Allyson.


Que bom que pelo menos, o foco fica para o poder feminino. Isso alivia, mas não deixa de tornar “Halloween Kills: O Terror Continua” como um grande desperdício de trama.



Nota: ⭐⭐ (Ruim)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Artemis Fowl: O Mundo Secreto (Crítica)

canaltech.com.br A Disney quer, por que quer, trazer uma franquia nova, focada no misticismo. Depois de “Uma Dobra no Tempo” (2018), a aposta está em  “Artemis Fowl: O Mundo Secreto” . Mas o problema persiste. Com a assinatura de Kenneth Branagh, a obra tenta adaptar os dois primeiros volumes da famosa série literária, escrita por Eoin Colfer. O filme parte da história de Artemis Fowl (Ferdia Shaw), um garoto de 12 anos, muito inteligente (pelo menos, é o que filme tenta nos contar), que acaba descobrindo um segredo da sua família, e precisa embarcar numa jornada mágica. A maior falha, sem dúvida, está na premissa. O garoto, protagonista, não demonstra, em momento algum, sua habilidade na arte criminal. Ao invés disso, o longa prefere apostar na imagem, deixando o texto de lado. E antes, que alguém venha defender esse tipo de proposta, temos que lembrar que o cinema é formado pelo estabelecimento de uma linguagem orgânica, entre imagem e qualquer outra coisa, for...

Freaks: Um de Nós (Netflix) - Crítica

deveserisso.com.br A Netflix parece querer mesmo construir sua própria franquia de super heróis. E a aposta do momento está em “Freaks: Um de Nós” . A “bola da vez” começa sua história de um close, onde é mostrado um olhar amedrontado, que provoca curiosidade ao espectador. A partir daí, somos convidados a seguir a caminhada de Wendy (Cornelia Gröschel), que possui uma vida simples, ao lado de sua família, e com seu trabalho estressante em um restaurante, onde sonha ganhar uma promoção. Porém, tudo muda quando um morador de rua a aborda, dizendo que sua vida pode ser mais do que aquilo. Independente da boa premissa, o filme muda de pauta, rapidamente. Resolvendo apostar numa metáfora, de que o uso de remédios impede o verdadeiro potencial de todos nós. Para piorar a situação, joga-se, sem muita explicação, várias referências aos quadrinhos e a mitologia grega, que não acrescenta em nada a trama, já confusa. Acentuando, ainda mais, seus erros, o longa alemão busca misturar u...

A Caminho da Lua (Netflix) - Crítica

liberal.com.br Após o grande sucesso de “Klaus” (2019), a Netflix resolveu, de vez, apostar em animações. O projeto do momento trata-se de “A Caminho da Lua” , que foca na perda e na própria aceitação, como os seus temas principais. Uma questão, que se deve ressaltar, é que essa animação é focada, prioritariamente, nas crianças. Portanto, não vá assistir “como um adulto”, pois a decepção pode ser grande. Outra característica é a utilização excessiva de canções, em formatos de esquete, que para quem não curta tanto o gênero Musical, pode incomodar. A premissa parte da história de Fei Fei, uma garota que, desde pequena, acredita no mito, contado pelo seus pais, sobre a Deusa da Lua. No meio disso, a menina perde sua mãe, e tenta, ao máximo, conservar sua crença como um símbolo, desse laço maternal. No meio disso, com o passar dos anos, seu pai pretende se casar novamente, assim, Fei Fei acaba ganhando um “irmão mais novo”, que se torna o responsável pelo lado cômico do filme. Nesse come...