A nova versão de “Amor
Sublime Amor” foi uma das produções que sofreram com o efeito da pandemia.
Adiado por mais de um ano, o mais recente projeto do diretor Steven Spielberg,
chegou até nós e já trouxe, de cara, uma nova revelação de Hollywood: Rachel
Zegler. E a tarefa não era fácil, aqui ela interpreta Maria, papel marcante da
atriz Natalie Wood, no filme original de 1961.
Para quem nem sabia da existência
de uma obra original, “Amor Sublime Amor” é nada mais, nada menos, que
um Romeu e Julieta musical. Agora o confronto das famílias é representado por
duas gangues de Nova York, os Sharks e os Jets.
Em meio a isso, Steven
Spielberg acrescenta a disputa do território, uma denúncia contra o preconceito
e o abuso, trazendo bastante representatividade latina e negra, o que torna a
sua obra, apesar de adaptada, ganhar em originalidade.
Uma dessas pequenas mudanças
está na etnia de alguns personagens. Bernardo, líder dos Sharks e irmão de
Maria (Rachel Zegler), é interpretado pelo ator latino David Alvarez. Diferente
do visto no filme de 1961, na nova versão, o personagem tem muito mais “background” e
motivações próprias.
Voltando ao protagonismo, o
par de María é formado com Tony. Quem faz o “galã da vez” é o ator Ansel
Elgort, que até que consegue sair do aspecto adolescente, que sempre acompanhou
sua carreira. Mesmo assim, ele é muito ofuscado pela sua parceira, que tem um
brilho muito maior, durante o longa.
Nos acertos, destaque para o
preconceito interno, que é discutido. Os conflitos não estão apenas entre as
gangues, mas também dentro delas.
Apesar de vivermos a Era de “Remakes
Desnecessários”, isso não se aplica a “Amor, Sublime Amor”. O longa original,
de 61, não envelheceu bem e conta com aspectos inaceitáveis, nos dias de hoje.
Nisso, Spielberg soube atualizá-lo muito bem.
No geral, o diretor atinge o
grande êxito: Recontar a história de amor entre María e Tony, respeitando
aspectos do original, mas também sabendo contar para as novas gerações. Missão
cumprida!
Nota: ⭐⭐⭐⭐ (Ótimo)
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