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Não é novidade para Disney reverenciar
o papel feminino, principalmente, em relação ao controle emocional, vindo pela
enorme pressão, que cercam suas personagens. Aqui, em “Encanto”,
acompanhamos o arco de Mirabel, sendo construído pelo trio Jared Bush, Byron
Howard e Charise Castro-Smith, que dirigem o longa.
A trama se inicia
apresentando a história da família Madrigal, cujo seus membros precisam
participar de uma cerimônia de amadurecimento, onde são premiados com habilidades
especiais. Mirabel (Stephanie Beatriz) é a única que não foi agraciada com algum
poder, o que causa um certo distanciamento dela, com o resto do seu vilarejo. O
objetivo desse filme é ressaltar como a pressão exagerada, por perfeição, pode
causar efeitos traumáticos, a quem sofre.
O texto, aqui, é rico, embalado
num cenário latino, que levanta a ideia de que qualquer minoria pode alcançar
sucesso, não precisando renegar sua comunidade. Mas também trazendo os dilemas,
que esses integrantes sofrem, além do preconceito já conhecido.
Os diretores Bush e
Castro-Smith também ficam com o roteiro, onde “Encanto” converge todas
as imperfeições humanas, dando maior ênfase na jornada. Pois, fica claro que
sem o conflito, não há vitória.
Outro trunfo, além do texto,
fica para o visual. “Encanto” se passa, exclusivamente, dentro do
vilarejo dos Madrigal, mas sem perder o fator épico da aventura, na qual, nós,
espectadores, somos convidados a participar também. Ainda em termos técnicos, a
animação é apresentada de forma colorida e dinâmica, expressada por músicas leves
e criativas, que se mesclam com o ambiente.
“Encanto” não
é uma animação que revoluciona, e não deve ficar entre as mais memoráveis do
estúdio, porém seu caráter convidativo e sua apresentação de cenário são grandes
trunfos, que prendem o espectador, do início ao fim.
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