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Disponível na Netflix, o
documentário “Onde Eu Moro”, apesar de americano, pode ser assimilado,
facilmente, no Brasil. Ambientando em Los Angeles, somos inseridos no dia a dia
de moradores de rua, que vivem em barracas de camping, em pleno céu aberto, nas
ruas mais movimentadas da cidade.
Ali, podemos sentir a
realidade da desigualdade social. Como o próprio enredo diz, “você vive tranquilamente,
enquanto há pessoas morrendo em sua porta”.
Essa conexão com o Brasil
não fica só na coincidência, a direção do documentário é do americano Jon Shenk
e do brasileiro Pedro Kos. Aqui, a dupla não foca em criar alternativas para
solucionar tal problema, mas sim alertar, por meio de exemplos concretos, o
espectador, e convidá-lo a não ficar de braços cruzados para tal adversidade.
Kos e Shenk buscam trazer a
verdade à tona, nos transportando para a própria. O mais importante aqui é
escutarmos nossos personagens, relatando um pouco sobre suas vidas, para
entendermos melhor a complexidade de tal drama. Há várias camadas inseridas,
como vício, depressão, violência, exploração, que norteiam inúmeras histórias.
Na parte técnica, fica o
destaque para a estética. A fotografia transmite bem a trama de contrastes,
onde o céu nunca encontra o chão.
Talvez o único problema aqui,
seja a velha discussão sobre a duração. Fica muito a sensação de “Onde eu
Moro” possuir muito material, que merecia um maior corte, para entendermos
mais sobre essas vítimas e o papel da política, na tentativa de resolver tal questão.
Mesmo assim, pela força da temática e sua inserção, o objetivo principal foi alcançado, com louvor.
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