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“Três
Canções para Benazir” foi mais um dos
indicados da Netflix para o Oscar 2022. Aqui temos um curta-documentário, que
investiga, mais uma vez, uma narrativa no Oriente Médio, com o intuito de
desconstruir seu estereótipo, construído pela visão estadunidense.
A
direção é do casal Gulistan e Elizabeth Mirzaei, que documenta a história de Shaista,
um jovem afegão, que cuida de sua esposa grávida, ao mesmo tempo que sustenta sua
família, vendendo tijolos. Ainda assim, ele nutre o sonho de se tornar soldado
e servir o exército do Afeganistão. Por mais estranho que pareça, essa busca por
ascensão social é o centro da trama, embora falte tempo para desenvolver tal
jornada.
Mesmo
assim, o filme tem um foco. O centro de tudo está no jovem protagonista, que
ainda que esteja num cenário pobre, tenta, a qualquer custo, achar uma saída para
todas as suas adversidades. Adversidades essas como o fato de Shaista não ter
estudado, muito menos tem um emprego fixo.
O
que mais chama atenção são as controvérsias, nas prioridades do protagonista.
Shaista realiza suas escolhas, sem nem consultar sua esposa. Ele toma para si,
todas as suas ações e precisa enfrentar as consequências para tais.
Ainda
que acerte bastante, ao colocar um protagonista com ações duvidosas, “Três
Canções para Benazir” não atinge o além, porque não tem tempo para abraçar essas
tais camadas e o impacto real no entorno das decisões.
Porém,
o saldo pode ser considerado positivo, pela exposição dos perigos que o sonho
pode causar, caso não seja tratado de forma séria e madura. O crescimento
emocional passa por isso e a vida adulta impõe um mínimo de responsabilidade.
Nota: ⭐⭐⭐ (Ok)
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