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“Garota Exemplar” (2014), de David Fincher, fez um estrondoso sucesso, ao entregar uma forte narrativa, representada, maravilhosamente, pelas performances de seus protagonistas, estes interpretados por Rosamund Pike e Ben Affleck. Aqui, tivemos o retorno do gênero “suspense erótico”, que deu coragem para outros idealizadores embarcarem, nesse tom.
Dessa leva, temos “Águas Profundas”, dirigido por Adrian Lyne (“Atração Fatal”), que se baseia no romance homônimo, escrito por Patricia Highsmith. Na produção da vez, acompanhamos um casal, que vive um relacionamento conturbado, mas que mantém as aparências para o ambiente externo. Vic Van Allen (Ben Affleck), o marido em questão, é um homem possessivo, que não quer deixar sua esposa partir, mesmo com o casamento indo de mal a pior. Melinda Van Allen (Ana de Armas) é a esposa, que se divide entre o desejo de se libertar do marido, mas que não faz isso, por conta da filha Trixie (Grace Jenkins). Além disso, Vic é um homem com um ciúme descontrolado, que faz o que for preciso, para conseguir o que quer.
Apesar da boa
premissa, “Águas Profundas”
não apresenta muitas novidades, no decorrer da trama. Tudo é vazio,
e suas soluções também beiram ao irreal, transformando o filme
numa grande frustração.
A começar pela construção de personagem. Nenhum
deles consegue estabelecer um desenvolvimento em suas tramas. Melinda
começa como uma mulher alcoólatra, viciada em sexo, enquanto Vic é
ciumento. Porém, nada muda, com o passar do filme, e todas as
suspeitas iniciais do espectador são concretizadas, após duas horas
de uma trama entediante, e que parece que não vai a lugar algum.
Os três atos são desmembrados em recortes
confusos, e que não se convergem em um argumento convincente.
No
fim, “Águas
Profundas”
se mostra um filme pretensioso demais. Se fingindo como um suspense
audacioso, mas que, na realidade, é caracterizado como uma história
tediosa e sem originalidade.
Nota: ⭐⭐ (Ruim)
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