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Four Good Days (Crítica)

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O vício, quando não se tem controle, tira o mundo de suas vítimas. Histórias como a de Molly (Mia Kunis), protagonista de “Four Good Days”, são vistas, diariamente, na realidade, por meio de relatos dolorosos, de vidas que foram perdidas, a troco de nada. Aqui, Kunis, ao lado de Glenn Close, estrela um drama familiar, que foca nas consequências de uma vida perdida, em meio as drogas.


Kunis, vinda de uma forte carreira cômica, já mostrara seu grande potencial em “Cisne Negro” (2010). Em “Four Good Days”, ela dá vida a Molly, uma jovem promissora, que após um acidente, encontra no ópio, a única maneira de se “manter em pé”.


Daí em diante, a história foca não em contar, mais uma vez, o drama de um viciado, mas sim no impacto do vício, nas relações entre aquele que sofre e seus familiares. Nada disso adiantaria, senão fosse o bom trabalho da dupla protagonista, onde Close, mais uma vez, atua magnificamente, como Deb, mãe de Molly, e Kunis dá profundidade a uma personagem delicada.


Ainda assim, apesar do ótimo trabalho da dupla, o roteiro, em si, é pobre. Um tema tão complexo, quanto esse, não merecia a falta de profundidade exposta aqui. Tudo é colocado de forma rápida, e as discussões beiram ao superficial. Em especial, a um debate sobre a culpa da indústria medida, que é colocado ao início, mas jogado fora, ao decorrer da trama.


Nisso, “Four Good Days”, como já dito, se “salva” pelo ótimo trabalho de Close e Kunis. Já que não há uma grande tensão, no texto, e tudo que é colocado, em termos de história, é vazio.



Nota: ⭐⭐ (Ruim)

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