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O Massacre da Serra Elétrica: O Retorno de Leatherface (Netflix) – Crítica

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O subgênero Slasher já é consagrado, em termos de cinema, há muito tempo. Talvez, seu primeiro expoente tenha sido “O Massacre da Serra Elétrica” (1974). O filme, dos anos 70, deu início a fama de um dos maiores seriais killer da história da Cultura Pop, sendo referenciado até hoje.


Quase 50 anos depois, em volta de vários retornos de personagens marcantes do gênero, a Netflix retoma esta franquia, com “O Massacre da Serra Elétrica: O Retorno de Leatherface”, onde, infelizmente, o “terror gore” substituiu, por completo, o desejo de contar uma boa história.


Se assumindo como uma sequência direta do filme clássico, a aventura da vez tenta apresentar este Universo para uma nova geração. O roteiro, de Chris Thomas Devlin, foca num grupo de jovens, que acaba de chegar à cidade abandonada de Harlow, no interior do Texas. Eles se aproximam da região, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida do local, a começar pela venda das casas e estabelecimentos.


Entretanto, uma dessas casas é habitada pelo assassino em série, Leatherface (Mark Burnham). Após um incidente que acaba resultando na morte de sua mãe, ele decide iniciar uma matança sem limites, no lugar.


Se você procura apenas desfrutar de cenas que envolvam matança, mutilação e sangue, vá em frente. Porém, caso queira mais, saiba que a direção de David Blue Garcia (“Tejano”) não conseguir ir além do mero visual.


A começar pela sinopse, pobre de criatividade. Com uma duração inferior a 1h30, o longa não consegue, ao mínimo, criar uma trama aceitável, ao mesmo tempo que seus personagens são desinteressantes. Os jovens, da vez, são arrogantes e tapados, fazendo as piores escolhas possíveis, com justificativas inexplicáveis.


O pior é que o elenco afunda mais ainda, a trama. Os atores, sem carisma e inexpressíveis, não ganham atenção do público, logo as mortes/perdas não possuem nenhum impacto.


No fim, “O Massacre da Serra Elétrica: O Retorno de Leatherface” é mais um erro na franquia, querendo apenas “causar”, sem a menor responsabilidade de entregar uma trama, ao mínimo, plausível.



Nota: ⭐ (Péssimo)

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