Pular para o conteúdo principal

O Projeto Adam (Netflix) – Crítica

technewsbrasil.com.br

O público já se acostumou com o conceito de viagem no tempo, sendo explorado nos cinemas. Continuando essa leva, de infinidades de produções, que conversam com esse “gênero”, temos “O Projeto Adam”, que tenta misturar nostalgia, modernismo e emocional. Ainda que não consiga atingir o êxito completo, nessa tentativa.


Aqui, temos um resultado irregular. De um lado, a produção acerta na caracterização dos personagens e suas relações, porém seu roteiro não atinge o ápice, em proporcionar o grande espetáculo prometido, pois coloca sempre o emocional na frente do humor particular, onde fica os melhores momentos da trama.


Trama esta protagonizada por Ryan Reynolds, que repete a parceria com o diretor Shaw Levy, que funcionou muito bem, em “Free Guy – Assumindo o Controle” (2021). Aqui, Reynolds vive Adam Reed, um piloto, em 2050, que rouba uma aeronave capaz de viajar no tempo. Acidentalmente, ele acaba parando em 2022, onde encontra a si mesmo, com 12 anos de idade. Ao mesmo tempo, em que está sendo perseguido também pela ex-sócia de seu falecido pai, Louis (Mark Ruffalo), Maya Sorian (Catherine Keener), que possui interesses secretos.


“O Projeto Adam”, com o decorrer da trama, se mostra um filme com grande potencial, porém que perde tempo, ao não acreditar na inteligência de seu público, martelando, por quase um ato inteiro, nas regras de viagem temporal.


Ainda que pedante no lado científico, o roteiro acerta, em cheio, no humor ácido e frenético, que atinge profundidade, em momentos chaves da trama. A direção de Levy navega bem, não sendo piegas, e com o ótimo auxílio de Reynolds, que acaba brilhando tanto na comédia irônica e no drama.


Porém, o maior destaque do elenco fica para Walker Scobell, que interpreta a versão jovem do protagonista. Ele consegue performar todo o maneirismo da “persona” Ryan Reynolds, com bastante êxito.


Voltando ao roteiro, é perceptível que ele poderia ter sido melhor aparado. Há muitas referências, que em certos momentos, causam um ar genérico, para aqueles fãs de ficção científica.


Ainda assim, no final, “O Projeto Adam” se mostra um bom entretenimento pipoca. Agora, se o espectador quiser uma trama mais reflexiva, melhor fugir dessa aventura e partir para outro espaço-tempo.



Nota: ⭐⭐⭐ (Ok)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Arremessando Alto (Netflix) – Crítica

cinepop.com.br Embora tenha sucesso, de público diga se passagem, nas comédias, o ator Adam Sandler já não causa mais surpresa quando aposta em projetos mais dramáticos. Aliás, essas escolhas, geralmente, são acertadas. Ele já trabalhou com diretores do alto gabarito, como Paul Thomas Anderson ( “Embriagado de Amor” ), os Irmãos Safdie ( “Joias Brutas” ), Noah Baumbach ( “Os Meyerowitz” ), Jason Reitman ( “Homens, Mulheres e Filhos” ). Todos esses exemplos, longe da sua produtora, Happy Madison . Apesar da desconfiança, “Arremessando Alto” pode ser a exceção que confirma a regra, de que Sandler “não dá certo” produzindo e atuando, ao mesmo tempo. O filme, recém-lançado, na Netflix, traz um Adam Sandler mais próximo do real, já que o ator é um fã confesso de basquete. “Arremessando Alto” é dirigido por Jeremiah Zagar ( “We The Animals” ), e traz Sandler na pele de Stanley Surgerman, um olheiro do Philadelphia 76ers, tradicional clube da NBA, a principal Liga de Basquete Am

Continência ao Amor (Netflix) – Crítica

tecmundo.com.br “ Continência ao Amor” , sem dúvida, pelo menos, em termos de popularidade, é um dos maiores sucessos da Netflix, no ano. Liderando por semanas, em visualizações, o filme é do gênero romance, e apela para tropes básicos como: um casal formado por opostos, inicialmente precisando fingir um relacionamento, porém desenvolvendo maiores sentimentos. A direção é comandada por Elizabeth Allen Rosenbaum, experiente em produções focadas no público jovem. Aqui, ela, pela primeira vez, tenta trazer uma obra, um pouco, mais dramática, enquanto equilibra uma série de clichês. Embora tenha até êxito nisso, a primeiro momento, os desdobramentos, desse aspecto mais sério, não acompanham a narrativa. Na trama, em si, conhecemos Cassie (Sofia Carson), uma jovem latina e liberal, que encontra Luke (Nicholas Galitzine), um rapaz militar e conservador, que possui uma relação distante com seu pai. No sentido de apresentação de seus personagens, até que o filme funciona. O bás

Ghostbusters: Mais Além (Crítica)

cinepop.com.br Mais do que fantasmas, os cinéfilos tinham medo eram das continuações de “Caça-Fantasmas” (1984), que no filme original era estrelado por Bill Murray, Dan Aykroyd, Harold Ramis e Erine Hudson, com direção de Ivan Retiman.   Depois de tantas decepções, em suas sequências, será que precisaríamos de mais uma? A Sony acreditava que sim, e lançou “Ghostbusters: Mais Além” , que tenta homenagear o original, mas também seguir em frente, como o possível início de novas aventuras.   Na trama da vez, iniciamos com uma mãe viúva e seus dois filhos sendo obrigados a se mudarem, para uma casa isolada, no interior. Localizada na fazenda do avô das crianças, se descobre que o local possui uma ligação com o Universo dos Caças-Fantasmas.   A direção de “Ghostbusters: Mais Além” fica a cargo de Jason Reitman, filho do diretor dos originais, que recebe a incumbência de retomar a franquia do pai. Embora pareça apenas uma escolha pelo parentesco, é importante ressaltar que ele vem de traba