O público já se acostumou
com o conceito de viagem no tempo, sendo explorado nos cinemas. Continuando essa
leva, de infinidades de produções, que conversam com esse “gênero”, temos “O
Projeto Adam”, que tenta misturar nostalgia, modernismo e emocional. Ainda
que não consiga atingir o êxito completo, nessa tentativa.
Aqui, temos um resultado
irregular. De um lado, a produção acerta na caracterização dos personagens e
suas relações, porém seu roteiro não atinge o ápice, em proporcionar o grande
espetáculo prometido, pois coloca sempre o emocional na frente do humor
particular, onde fica os melhores momentos da trama.
Trama esta protagonizada por
Ryan Reynolds, que repete a parceria com o diretor Shaw Levy, que funcionou
muito bem, em “Free Guy – Assumindo o Controle” (2021). Aqui, Reynolds
vive Adam Reed, um piloto, em 2050, que rouba uma aeronave capaz de viajar no
tempo. Acidentalmente, ele acaba parando em 2022, onde encontra a si mesmo, com
12 anos de idade. Ao mesmo tempo, em que está sendo perseguido também pela ex-sócia de seu falecido pai, Louis
(Mark Ruffalo), Maya Sorian (Catherine Keener), que possui interesses secretos.
“O Projeto Adam”,
com o decorrer da trama, se mostra um filme com grande potencial, porém que
perde tempo, ao não acreditar na inteligência de seu público, martelando, por quase
um ato inteiro, nas regras de viagem temporal.
Ainda que pedante no lado científico,
o roteiro acerta, em cheio, no humor ácido e frenético, que atinge
profundidade, em momentos chaves da trama. A direção de Levy navega bem, não
sendo piegas, e com o ótimo auxílio de Reynolds, que acaba brilhando tanto na
comédia irônica e no drama.
Porém, o maior destaque do elenco
fica para Walker Scobell, que interpreta a versão jovem do protagonista. Ele
consegue performar todo o maneirismo da “persona” Ryan Reynolds, com bastante êxito.
Voltando ao roteiro, é perceptível
que ele poderia ter sido melhor aparado. Há muitas referências, que em certos
momentos, causam um ar genérico, para aqueles fãs de ficção científica.
Ainda assim, no final, “O
Projeto Adam” se mostra um bom entretenimento pipoca. Agora, se o espectador
quiser uma trama mais reflexiva, melhor fugir dessa aventura e partir para
outro espaço-tempo.
Comentários
Postar um comentário