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Top Gun: Maverick (Crítica)

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Já não é novidade, recentemente, para Hollywood, a tentativa de reviver franquias do passado, retomando a jornada com seus protagonistas originais. Rever nossos heróis de infância, atende nossa nostalgia, como fãs, e rende grandes bilheterias para os estúdios.


E em todo movimento de grande escala numérica, esse fenômeno nos proporciona grandes produções, mas também pérolas, a serem esquecidas. Nessa leva, temos, “Top Gun: Maverick”, sequencia do filme “Top Gun - Ases Indomáveis” (1986), com o retorno de Tom Cruise, encarnando o papel que o lançou. Lá no filme original, se destacava a simplicidade do roteiro e as belas sequências de ação. Mas será, que o atual consegue repetir tal êxito? E mais, será que atinge mais fãs, para o título? Ou será outra pérola?


O enredo, da vez, retoma a jornada de Maverick (Tom Cruise), herói da aviação americana, que agora trabalha como piloto de testes. Com a aviação se modernizando, ainda mais em tempos de drones e robôs, ele resiste em provar que o fator humano ainda é essencial. Algo que conversa bastante com a luta de Cruise, para manter a indústria do cinema tradicional, em contraposição ao crescimento das plataformas de Streaming.


Mas, voltando ao plot do filme, Maverick acaba sendo designado a ensinar tudo o que sabe, para os pilotos, recém-chegados, a Top Gun. Isso, por que eles estão em uma missão, quase suicida, de invadir um território inimigo, dos EUA.


Logo, o roteiro é bem simples, estando ali só pra dar o alicerce básico, com o intuito de fazer Maverick brilhar, como o grande piloto, que desafiará até as autoridades, para o que for preciso.


Embora pareça clichê, a história é tão bem-apresentada e amarrada, que libera Tom Cruise, para que o mesmo apresente o seu melhor e nos traga sequências espetaculares.


No drama, Cruise também funciona perfeitamente. Interessante a escolha pela manutenção da arrogância clássica de Maverick. O roteiro explica que apesar de se tratar de um piloto, agora, mais experiente, tem coisas que nunca mudam.


O diferencial é que o nosso protagonista ganha a função de mentor, tendo que liderar uma turma novata. Nisso, a dinâmica entre Cruise e o elenco mais jovem é impecável. Até o conflito, entre ele e Rooster (Miles Teller), que parece que ia cair no cafona, acaba nos prendendo e sendo desenvolvido com calma e perfeição.


Outro elogio fica para a entrega de Cruise. Em tempos, onde o excesso de CGI prejudica no acreditar da fantasia do cinema, as cenas de ação de “Top Gun: Maverick” são de tirar o folego e não envelhecerão tão cedo. O diretor Josepher Kosinski se aproveita disso e nos coloca, como espectador, dentro dos caças, transmitindo o máximo de adrenalina, a cada manobra.


Interessante também que o filme, apesar do caráter sequencia, tem uma história que se sustenta sozinha. Mesmo assim, há várias referências emocionantes ao filme de 1986, que não atrapalha, mas emociona o grande fã do original.


No fim, “Top Gun: Maverick” é um grande presente de Kosinski e Cruise ao cinema. Sem dúvida, um dos grandes blockbusters do ano.



Nota: ⭐⭐⭐⭐⭐ (Excelente)

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