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Como até mesmo a promoção do longa deixa claro, “Lightyear” não é um filme de origem do brinquedo Buzz Lightyear, que conhecemos na franquia “Toy Story”. Ele ocupa lugar nesse universo, como o longa favorito de Andy, e que explicaria a razão pela qual o garoto pedisse o boneco do astronauta, no filme de 1995.
Dito isso, temos aqui uma aventura espacial, que referencia vários sucessos da ficção científica, como “2001 – Uma Odisseia no Espaço” (1968), “Gravidade” (2013), entre outros do gênero espacial. Partindo disso, a narrativa foca na space ópera, privilegiando a simplicidade, e focando no carisma de seus personagens.
Temos uma aventura infantil, com pitadas dramáticas para os espectadores adultos, algo já característico da Pixar. Discute-se, prioritariamente, em “Lightyear”, temas como egoísmo e obsessão.
O longa já começa de forma dinâmica, nos jogando, diretamente, para uma missão espacial, comandada por Buzz (Chris Evans), Alisha Hawthorne (Uzo Aduba) e um novato. Porém, o astronauta comete um erro, que o faz viajar pelo tempo. Agora, Buzz precisa encontrar uma maneira de retornar pra casa, para que possa se redimir.
Pena, que depois de um começo promissor, o filme se perca completamente. “Lightyear”, aos poucos, vai se mostrando cada vez mais genérico, ainda que conte com uma animação fotorrealista, que seja deslumbrante. A história, para enorme decepção geral, é, extremamente, previsível, com pouca inspiração.
Não há ambição alguma. A mensagem central é óbvia, desde o início. Isso nem seria algo tão ruim, se a mitologia não fosse tão propícia para desenvolvimento, já que somos inseridos no Universo de Patrulheiros Espaciais, algo que não é tão refletido no dia a dia do público geral. Portanto, a direção de Angus MacLane não inova, em momento algum.
E ainda que a animação, propriamente dita, seja rica em detalhes, algo padrão, se tratando da Pixar, isso não acompanha a narrativa da história, que prefere focar em pequenos espaços. O terceiro ato, por exemplo, em vez de explorar a imensidão da galáxia, prefere ir para um confronto simplório dentro de uma nave, entre “mocinho e vilão”.
Por outro lado, salve-se a ótima inserção da trilha sonora, comandada pelo excelente Michael Giachinno, que cria um tom urgente de filme espacial, em algumas sequências.
Ainda que deixe a desejar, em muitos momentos, “Lightyear” diverte em outros. Principalmente para o público menos exigente, que ainda se agrada com o humor característico da Pixar, e se deslumbra com várias referências visuais ao gênero da ficção científica.
“Lightyear”, no geral, é até um bom filme. Porém, caso coloque-se na balança o “padrão Pixar” e a fama do herói, construída lá em “Toy Story”, a decepção pode ser grande. Fica o alerta.
Nota: ⭐⭐⭐ (Ok)
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