Pular para o conteúdo principal

Luta Pela Fé: A História do Padre Stu (Crítica)

geekpopnews.com.br

Mark Wahlberg é um velho conhecido de Hollywood. Principalmente, por encarnar papéis que exaltam a figura “masculina”. Apesar de raro, algumas vezes, ele tenta sair do esteriótipo. Um desses casos lhe rendeu uma indicação ao Oscar, por “O Vencedor” (2010). Tentando, mais uma vez, fugir do óbvio, ele, agora, estrela uma produção religiosa: “Luta Pela Fé: A História do Padre Stu”.


Aqui, acompanhamos a história de Stuart Long (Wahlberg), um homem perdido na vida. Desde o divórcio de seus pais, aqui interpretados por Mel Gibson e Jack Weaver, ele focou na sua carreira, como lutador de boxe. Porém, essa escolha não durou muito, já que teve parte da mandíbula comprometida, o que fez abandonar o esporte.


A fim de retomar sua vida, ele acaba largando tudo e viaja em direção a Los Angeles, para tentar a vida como ator. O que acaba gerando outra reviravolta, já que lá, ele conhece Carmen (Teresa Ruiz), uma jovem cristã, que o leva para o caminho da fé. Sem imaginar, essa escolha seria determinante para que Stuart encontrasse o seu verdadeiro propósito na vida.


A história até que é interessante, porém a escolha por abordar o drama em apenas duas horas foi precipitada. Com roteiro e direção de Rosalind Ross, começamos o primeiro ato assistindo a vida conturbada do protagonista, para só depois acompanharmos a jornada de fé. Apesar de ser importante conhecermos o “pré-Stuart”, o filme se arrasta bastante nessa parte. E pra piorar, para aqueles que já conhecem boa parte da filmografia de Mark Wahlberg, nessa início, não se vê tanta diferença naquilo que ele já mostrou na carreira.


O filme salta de verdade, quando o seu protagonista entra na religiosidade. Ainda sim, torna-se um problema, pois o tempo executado, nessa parte, é curto, e corrido. Nada, do que seria mais interessante, na jornada, é aprofundado.


Tanto que é, nesse pouco tempo, que Mark Wahlberg surpreende, positivamente, na atuação, ao interpretar o padre PCD. Ele carrega a dor necessária, para o personagem, e leva toda jornada construída, desde o início da trama.


Ou seja, “Luta Pela Fé: A História do Padre Stu” até conta com um protagonista motivado e que acerta bastante, na interpretação, porém o recorte escolhido pelo roteiro, não foi o melhor. Ainda sim, vale a pena assistir, pelo ótimo trabalho de Wahlberg, que salva.



Nota: ⭐⭐⭐ (Ok)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A Esposa (Crítica)

g1.globo.com “A Esposa” é o exemplo clássico de um filme comum, que tem uma história simples e nada edificante, mas que cresce com uma grande atuação, que nesse caso é Glenn Close. Aqui, Close entrega uma personagem magnífica e explosiva, utilizando-se da luta do feminismo, que cresce bastante nos últimos anos. A história do filme foca no casal Joan e Joe Castleman (Close e Jonathan Pryce). Ele é um escritor bem sucedido e aclamado, e ela, aos olhos da sociedade, é apenas a esposa. Entretanto, quando Joe está prestes a ganhar o Nobel de Literatura, a relação chega ao estopim. O longa foca nos momentos chaves da vida do casal, utilizando-se também de flashbacks , para mostrar o porquê da personalidade de cada um dos dois. Vemos como eles se conheceram, onde ele era um professor casado e ela, uma estudante sonhadora. Isso bate em cheio com o pensamento dela atual, de que se arrepende do caminho que trilhou ao lado do marido, como uma mera esposa, largando de vez sua carrei...

007 - Sem Tempo para Morrer (Crítica)

olhardigital.com.br É quase um consenso que para ser um 007 básico, você precisa de um terno preto, gravata borboleta, manusear bem armas, cabelo cortado e um charme próprio. Ainda assim, é possível dar originalidade a cada adaptação. Prova disso está no influenciador Sean Connery, no “sexy” Pierce Brosnan e no emotivo Daniel Craig, que fizeram com que a franquia pendurasse tanto tempo, entre nós. Vendido como a despedida de Craig no papel, “007 – Sem Tempo Para Morrer” começa com um Bond querendo se aposentar. Vivendo na Jamaica, junto de sua amada Madeleine (Léa Seydoux), James precisa voltar a ativa, quando é solicitado por Felix Leiter (Jeffrey Wright), membro da CIA. Leiter precisa que Bond o ajude a combater uma ameaça global, liderada por Lyutsifer Safin (Rami Malek), que está desenvolvendo uma tecnologia que pode destruir a humanidade. Além de Safin, Bond ainda precisa deter a Spectre, organização lá do filme anterior, que permanece na ativa. Aumentando ainda mais ...

Nada de Novo no Front (Netflix) – Crítica

cnnbrasil.com.br Como diria o filósofo francês Jean-Paul Sartre: “Quando os ricos fazem a guerra, são sempre os pobres que morrem” . Partindo dessa visão mais perversa da Guerra, surge “Nada de Novo no Front” , filme alemão épico de guerra da Netflix. Baseado no romance homônimo, de Erich Maria Remarque, o longa foca-se na história de Paul Baumer (Felix Kammerer), um jovem que acaba de chegar no exército alemão. Devoto fervoroso ao sentimento de patriotismo, ele nem imagina o que irá ter que passar, para que sobreviva, durante a Primeira Guerra Mundial. Essa surpresa vem muito pelo fato de estarmos diante da primeira grande guerra. Ou seja, os soldados, até então, não possuía um mínimo de ideia do que enfrentariam pela frente, já que só se ouvia as “glórias”, relatadas por seus superiores. Esse Ultranacionalismo, que é vendido, é posto, no filme, em todo o primeiro ato. Visivelmente em tela, a fotografia é esplêndida, focando no deslumbre de jovens sonhadores, que se veem...