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O Homem de Toronto (Netflix) - Crítica

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Sem dúvida, os gêneros comédia e ação são os dois principais, se tratando do catálogo geral da Netflix. Tentando unir essa dupla de estilos, “O Homem de Toronto” é a nova aposta do serviço. Essa ideia nem é tão absurda, pois a bilheteria global, dominada pelos filmes de super-heróis, já fazem isso, há um bom tempo.


A direção da vez fica para Patrick Hughes, nome já reconhecido em aventuras de ação, à moda Buddy Cop, como “Dupla Explosiva” (2017).


O enredo é bem simples: Teddy (Kevin Hart) acaba sendo confundido com o assassino de aluguel Toronto (Woody Harrelson). Para escapar, ele aceita cooperar com as autoridades, para achar o verdadeiro criminoso.


A introdução é até dinâmica e satisfatória. A ação e a comédia se mesclam bem, e rendem os melhores momentos do longa. Muito pela simplicidade.


Porém, tudo cai, no desenvolvimento. “O Homem de Toronto” busca criar um maior complexo em seus personagens, o que trunca demais a trama. O plot principal, onde fica a missão de impedir um atentado é ofuscado em muitos momentos, pela jornada pessoal de seus protagonistas. O que por si só, é até interessante, mas a mescla emperra e não deixa o filme andar.


Ainda que seja válido a mistura entre humor e ação, o tom se foca muito nas atuações, e peca demais no visual. Não há criatividade no resto. Seja a direção, montagem ou fotografia, tudo é muito genérico em “O Homem de Toronto”.


No fim, fica a sensação de que a maior força não está no filme em si, mas nos seus astros. A química entre Hart e Harrelson salva o desastre completo, mas não escapa de gerar a sensação de gosto amargo, de um projeto que poderia ter sido melhor executado.



Nota: ⭐⭐ (Ruim)

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