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Apesar do enorme carinho dos fãs pela figura de Obi-Wan Kenobi, era claro o sentimento de que a minissérie, prometida pela LucasFilm, não ia fazer jus a figura de um dos personagens mais queridos do Universo Star Wars.
Começando pelo descrédito da própria LucasFilm, gerenciada pela Disney, que ainda tenta encontrar um caminho sólido para a franquia. Outro fator importante, que já gerava desconfiança aos fãs, era o período em que se passaria a minissérie, já que, desde o início, erá óbvio que não haveria tanto apelo emocional. Sabemos, de antemão, a origem e o desfecho da maioria de seus personagens.
Embora, por incrível que pareça, esses foram meros detalhes, na infinidade de problemas que acompanharam “Obi-Wan Kenobi”. A produção sofre demais com a falta de coragem, de seus idealizadores. Há uma clara indecisão em qual caminho seguir.
A primeira opção, mais óbvia, era explorar a nostalgia, apelando para os personagens já estabelecidos e queridos, pelo grande público. Além de Obi-Wan (Ewan McGregor), temos o retorno do vilão Darth Vader (Hayden Christensen), a formação do caráter, a partir da infância, da Princesa Leia (Vivien Lyra Blair) e a criação de Luke Skywalker (Grant Feely), pelos seus tios, Owen (Joel Edgerton) e Beru (Bonnie Piesse).
De novidade, a aposta de expansão do Universo, vem do elenco de apoio, encabeçado pela Inquisidora Imperial Reva Sevander (Moses Ingram), que até tem uma boa presença, porém sofre com o desenvolvimento pobre. Sem contar nas participações, pra lá de tediosas, de Tala (Indira Varma), Haja (Kumail Nanjiani) e Roken (O’Shea Jackson Jr.).
Duas escolhas que seriam bem válidas, se ao menos fossem assumidas. Dividindo-se entre passado e futuro, a série fica genérica. Há, aqui, a clara sensação de que querem agradar a todos. O que resulta indiferença ou decepção, ficando a cargo da expectativa, que cada espectador tinha.
O lado técnico de “Obi-Wan Kenobi” também não ajuda muito. Deborah Chow, que inclusive se mostrou uma grata surpresa, nos episódios que dirigiu em “The Mandalorian”, não consegue se afirmar, aqui, tendo a direção geral. Há uma dificuldade visível, especialmente, na ação, que, em certos momentos, chega ao nível constrangedor. Muita câmera aberta, para pouca riqueza de coreografia, talvez, seja o maior pecado, nesse aspecto.
Chow brilha mais no drama do protagonista, que talvez seja o ponto alto da série. Muito disso também pelo excelente trabalho de McGregor, como Obi-Wan. Ele retoma os maneirismos tragos na Trilogia Prequel, somando-se a algumas boas referências corporais de Alec Guinness, que viveu o personagem na Trilogia Original.
Darth Vader, talvez a maior promessa, na divulgação da série, teve o retorno de Hayden Christensen, ao papel. E ele retorna muito bem, tentando dar mais nuances ao personagem.
Porém, mesmo com esses acertos, que merecem serem ressaltados, “Obi-Wan Kenobi”, no geral, termina de forma melancólica. Muito por conta de seu produto final. E nem podemos dizer que estamos surpresos, já que a LucasFilm, assim como Anakin Skywalker, sempre decepciona seus Mestres, que aqui, no caso, são os fãs da Saga.
Só nos resta continuar acreditando. Pois a Força sempre estará conosco. SEMPRE!
Nota: ⭐⭐ (Ruim)
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