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X – A Marca da Morte (Crítica)

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Com uma filmografia curta, o diretor Ti West parece ter chegado ao seu melhor trabalho, até o momento, no gênero terror. Ele, que também é ator, se caracteriza, na direção, pela mistura de subgêneros, com uma pitada familiar, que atrai fãs do estilo. Em “X – A Marca da Morte”, West se aventura no Slasher, mais precisamente, referenciando “O Massacre da Serra Elétrica” (1974).


Aqui, ele repete a trama aterrorizante, com um vilão que traz o lado mais perverso do ser humano. West também promove uma reflexão sobre a necessária independência feminina, representada pela figura de Maxine (Mia Goth), nossa protagonista, uma menina que sonha se emancipar, atuando em filmes pornôs. A trama se passa em 1978, onde um grupo de pessoas quererem brilhar na indústria pornográfica, produzindo um longa com linguagem mais rica e autoral, do que o de costume.


O roteiro, também de West, combina, perfeitamente, com sua direção. Aqui, começamos com a estrutura clássica do terror dos anos 70, até que, no meio da história, resolve apostar na atmosfera psicológica, brincando com o público.


A narrativa, diga-se de passagem, é lenta, prezando pela atenção do público. Algo que combina com o mistério reproduzido. O cenário é pouco iluminado, intimador, mas também atraente. Soma-se isso a fotografia de Eliot Rockett, que utiliza-se das sombras, para reforçar a protagonista reprimida.


Considerando que esse “X - A Marca da Morte” é o primeiro filme de uma trilogia, trata-se de um belo começo para West. Que venha o próximo!



Nota: ⭐⭐⭐⭐ (Ótimo)

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