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“Carter”, novo lançamento da Netflix, é o retrato do cinema de ação, da atualidade. Temos a megalomania de “Velozes e Furiosos”, o corpo a corpo de “John Wick”, e o estilo cartunesco de “Kingsman”. Tudo isso, num “falso” plano sequência.
Ainda sim, mesmo cercado de referências, “Carter” sabe que também precisa ser uma produção própria. Apesar de aparentar ser uma amalgama de várias versões, o diretor Jung Byung Gil (“A Vilã”) consegue organizar tudo, em um thriller intenso, de 2h20 de duração.
“Carter” acompanha a história do personagem-título, interpretado por Joo Won (“Good Doctor”), que acaba de acordar, sem se lembrar de nada. Ele não sabe quem é, muito menos onde está. Sua única saída é obedecer as ordens de uma voz misteriosa, que ele escuta, e que lhe pede para salvar Ha-na (Kim Bo-min), uma menina que possui anticorpos que podem curar uma doença misteriosa, que tem se espalhado pelo mundo.
Porém, não será fácil, pois Carter está sendo perseguido pela CIA, por conta de conflitos diplomáticos.
A direção do filme fica por conta do Jung Byung-gil, que também é responsável pelo roteiro, este último, ao lado de Jung Byepong-sik. O texto, em si, é um capítulo à parte, pois se destaca pela sua inteligência e não duvidar da atenção do espectador. “Carter” é um filme surpreendente, do início ao fim.
Mesmo brilhando na maior parte do tempo, “Carter” também peca. A figura antagônica é pobre, sendo caracterizada apenas pelo Governo Americano, como o clássico vilão, marcado pela sua ganância. Sem contar com a falta de confronto para o regime ditatorial norte-coreano, que é ignorado.
No fim, “Carter” é um filme artificial e deficiente, em alguns momentos, principalmente no seu visual, mas que conta com outros admiráveis, e que empolgam. Essa irregularidade é o que define o filme.
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