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Dwayne Johnson, mais conhecido como “The Rock”, já vinha, há um bom tempo, pedindo para interpretar o vilão Adão Negro, da DC Comics, numa adaptação cinematográfica. E como o ator conta com grande popularidade no mundo, nada melhor do que o próprio ganhar uma aventura solo, sem muitas conexões com Universo.
Johnson vive o personagem-título, que depois de ver seu filho sendo morto, acaba adormecendo por anos. Claro, que ele acordaria, e esse dia chegou. Agora, Adão Negro está pronto para buscar justiça, doa a quem doer. Sem nenhum tipo de senso ético, quem tentará pará-lo são os heróis da Sociedade da Justiça, formada por Senhor Destino (Pierce Brosnan), Gavião Negro (Aldis Hodge), Esmaga-Átomo (Noah Centineo) e Ciclone (Quintessa Swindell).
Só com metade da duração do filme, é nos explicado que o Adão Negro vem da cidade de Kahndaq, onde foi escravizado junto de seu filho, Hurut (Jalon Christian). Após o jovem achar uma pedra azul, feita de eterium, o Imperador do local vai em busca da mesma, que acaba se perdendo logo depois. Nos dias de hoje, Ísis (Sarah Shani) é uma arqueóloga, que quer a pedra para salvar seu povo, do controle de uma Milícia, mas Adão Negro é despertado, querendo vingança, pela perda do filho.
Voltando ao núcleo da Sociedade da Justiça, em específico, vale ressaltar que os atores cumprem bem o desejado, e parecem se divertir em cena. Hodge, pelo líder explosivo, Brosnan como o mentor experiente, Swindell como a carismática, e Centineo como o engraçado. A química entre todos os personagens é o grande mérito da produção.
Pena que o roteiro não faça jus a essa entrega do elenco. O texto, do trio Adam Sztykiel, Rory Haines e Sohrab Noshiryani, não sabe equilibrar os arcos, o que não permite que a narrativa seja estável. O primeiro ato, por exemplo, é bastante acelerado, deixando o espectador perdido, e sem um bom entendimento de todo o contexto. O que ocorre só no segundo, mas que também não conserta tudo, pois o excesso de CGI, em tela, o prejudica.
A grande qualidade do longa está nas cenas de ação, que empolgam gradativamente, com o andamento da trama. Porém, voltando ao roteiro, o mesmo não sabe definir, claramente, suas bases, pois demora-se a entender quem é vilão, quem é mocinho. A fotografia também prejudica, pois Lawrence Sher, responsável pela tal, emula o estilo câmera lenta exagerada, do diretor Zack Snyder. E a trilha de Lorne Balfe, apesar de boa, destoa do apresentado em tela.
Tudo só não vai pro buraco, e faz valer a pena, pelo esforço do protagonista. Dwayne Johnson está bem no papel (surpreendentemente, para quem vos fala). O ator sustenta no carisma e não tenta inventar a roda.
No fim, tanto Johnson quanto o próprio filme “Adão Negro” se mostram divertidos, carismáticos, mas com um roteiro pobre, que faz tudo ficar aquém do prometido para uma trama inesquecível.
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