Pular para o conteúdo principal

Mulher-Hulk: Defensora de Heróis (Disney+) – 1ª Temporada (Crítica)

nerdsite.com.br

Desde os primeiros comerciais, que anunciavam a chegada de “Mulher-Hulk: Defensora de Heróis” ao Disney+, a nova série do Marvel Studios já dividiu os fãs, seja pelo tipo de abordagem, diferente do habitual do estúdio, seja pelo uso equivocado do CGI, pelo menos no promocional.


Chegamos então ao fim, da série estrelada por Tatiana Maslany, que interpreta Jennifer Walters, prima de Bruce Banner (Mark Ruffalo), que após um acidente, acaba se contaminando com o sangue do Hulk, o que a leva a adquirir superpoderes. Agora, ela teria que dividir sua vida de advogada, com o seu novo lado heroico.


Diferentemente das produções anteriores do Universo Compartilhado da Marvel, “Mulher Hulk” é uma série com uma personalidade própria. Antes de ser uma história de origem, ela é uma comédia de ação, que brinca com o gênero sitcom americano.


Aqui, não há espaço para sequências épicas, o que para o momento em que MCU passa, trata-se de um grande alívio. Maslany dá vida a uma heroína que vai além do pedido para uma protagonista da Marvel. Dificilmente, relembraremos uma grande cena da série, porém, certamente, é uma das produções mais divertidas do estúdio.


Mulher-Hulk” não se preocupa nem um pouco com a cronologia, ou com o cânone, o que, certamente, irritou muito fã da Marvel. Jennifer Walters antes de se tornar uma super-heroína, ela é um ser humano comum, que passa por problemas, em seu dia a dia, como qualquer outro. E esse é o foco.


Voltando a atriz principal, Maslany é a intérprete perfeita para Walters. As quebras de quarta parede da personagem são maravilhosas, embora o estúdio, muitas vezes, não aproveite tanto esse ótimo recurso apresentado.


Pelo lado dos coadjuvantes, são quase todos divertidos e respondem bem o tom pedido. Ainda que a maioria não conte com um desenvolvimento completo, e outros que não possuem propósito algum, para a trama principal. Nesse último caso, o expoente maior fica para Titania, interpretada por Jameela Jamil.


A série, ao fim, é definida como uma bonita homenagem a própria Marvel. Não se levando a sério, em momento algum, apenas com o intuito de nos apresentar uma nova personagem e, principalmente, nos entreter.


Mulher Hulk: Defensora de Heróis” cai no momento ideal, para o Marvel Studios. Num momento onde o estúdio exagera no excesso de urgência, em suas produções, temos aqui, uma simples e gostosa jornada de uma divertida heroína.



Nota: ⭐⭐⭐⭐ (Ótimo)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Artemis Fowl: O Mundo Secreto (Crítica)

canaltech.com.br A Disney quer, por que quer, trazer uma franquia nova, focada no misticismo. Depois de “Uma Dobra no Tempo” (2018), a aposta está em  “Artemis Fowl: O Mundo Secreto” . Mas o problema persiste. Com a assinatura de Kenneth Branagh, a obra tenta adaptar os dois primeiros volumes da famosa série literária, escrita por Eoin Colfer. O filme parte da história de Artemis Fowl (Ferdia Shaw), um garoto de 12 anos, muito inteligente (pelo menos, é o que filme tenta nos contar), que acaba descobrindo um segredo da sua família, e precisa embarcar numa jornada mágica. A maior falha, sem dúvida, está na premissa. O garoto, protagonista, não demonstra, em momento algum, sua habilidade na arte criminal. Ao invés disso, o longa prefere apostar na imagem, deixando o texto de lado. E antes, que alguém venha defender esse tipo de proposta, temos que lembrar que o cinema é formado pelo estabelecimento de uma linguagem orgânica, entre imagem e qualquer outra coisa, for...

Freaks: Um de Nós (Netflix) - Crítica

deveserisso.com.br A Netflix parece querer mesmo construir sua própria franquia de super heróis. E a aposta do momento está em “Freaks: Um de Nós” . A “bola da vez” começa sua história de um close, onde é mostrado um olhar amedrontado, que provoca curiosidade ao espectador. A partir daí, somos convidados a seguir a caminhada de Wendy (Cornelia Gröschel), que possui uma vida simples, ao lado de sua família, e com seu trabalho estressante em um restaurante, onde sonha ganhar uma promoção. Porém, tudo muda quando um morador de rua a aborda, dizendo que sua vida pode ser mais do que aquilo. Independente da boa premissa, o filme muda de pauta, rapidamente. Resolvendo apostar numa metáfora, de que o uso de remédios impede o verdadeiro potencial de todos nós. Para piorar a situação, joga-se, sem muita explicação, várias referências aos quadrinhos e a mitologia grega, que não acrescenta em nada a trama, já confusa. Acentuando, ainda mais, seus erros, o longa alemão busca misturar u...

A Caminho da Lua (Netflix) - Crítica

liberal.com.br Após o grande sucesso de “Klaus” (2019), a Netflix resolveu, de vez, apostar em animações. O projeto do momento trata-se de “A Caminho da Lua” , que foca na perda e na própria aceitação, como os seus temas principais. Uma questão, que se deve ressaltar, é que essa animação é focada, prioritariamente, nas crianças. Portanto, não vá assistir “como um adulto”, pois a decepção pode ser grande. Outra característica é a utilização excessiva de canções, em formatos de esquete, que para quem não curta tanto o gênero Musical, pode incomodar. A premissa parte da história de Fei Fei, uma garota que, desde pequena, acredita no mito, contado pelo seus pais, sobre a Deusa da Lua. No meio disso, a menina perde sua mãe, e tenta, ao máximo, conservar sua crença como um símbolo, desse laço maternal. No meio disso, com o passar dos anos, seu pai pretende se casar novamente, assim, Fei Fei acaba ganhando um “irmão mais novo”, que se torna o responsável pelo lado cômico do filme. Nesse come...