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Mostrando postagens de maio, 2021

Army of the Dead (Netflix) – Crítica

uol.com.br Zack Snyder, certamente, está na lista de diretores, que possui uma legião de fãs, por trás. Ele, que passou os últimos dez anos dedicados ao Universo DC, retoma ao cinema original, em “Army of the Dead”. E sendo bancado pela Netflix, Snyder ganhou carta branca para fazer o que bem entendesse. Talvez, isso tenha sido o maior problema. “Army of the Dead” é uma salada de boas ideias, mas que parecem funcionar separadamente. Porém juntas, num roteiro inchado, as 2h30min de duração parecem uma eternidade. Não podemos negar, como é bonito ver um diretor autoral, sem as amarraras do mercado. Mesmo assim, aqui, faltou um produtor ao lado de Snyder, para ajudá-lo a se concentrar no principal: contar uma única história, de maneira objetiva. O mais engraçado é que o plot é bem simples: Uma infestação de zumbis transforma Las Vegas em terra de ninguém. Murada por uma parede de containers, a cidade está marcada para a destruição, com um ataque nuclear a ser celebrado pelo pr...

Depois a Louca Sou Eu (Prime Video) – Crítica

poltronanerd.com.br O que classifica um ser humano como “normal”? É possível responder essa questão, com absoluta certeza? Tentando provar que isso não concebível de se pensar, temos o filme “Depois a Louca Sou Eu” , dirigido por Júlia Rezende, baseado no livro homônimo de Tati Bernardi, e estrelado por Débora Falabella. A protagonista, Dani, é uma escritora, que possui um distúrbio de ansiedade, que provoca também crises de pânico e depressão. A jornada é mostrada desde a infância, até a vida profissional da personagem, sendo exemplificados vários momentos, em que Dani sofreu pânico. Tudo girando na questão principal do problema: quem passa por isso, nunca consegue viver o hoje, mas sim o amanhã, mais especificamente, o “péssimo” futuro, que virá. Se revelando como uma Comédia Dramática, “Depois a Louca Sou Eu” foge do discurso moralista, mas que também não reduz a complexidade do assunto, como algo somente cômico. Trata-se de uma maneira de mostrar como as dificuldades d...

A Mulher na Janela (Netflix) – Crítica

uol.com.br O melhor de “A Mulher na Janela” , original Netflix, se concentra nos seus trinta primeiros minutos, mais precisamente, quando Amy Adams e Julianne Moore compartilham um diálogo, entre duas vizinhas, dando esperanças ao público, de que o diretor Joe Wright conseguirá entregar um belo trabalho. Nessa sequência, o espectador é convidado a desconfiar da situação, principalmente pelo fato de Wright ser mestre, em criar tensão. Porém, tudo acaba, quando o filme não avança. É bom salientar ao mais desavisado, que a produção do longa foi bastante conturbada. O projeto tinha estreia prevista para os cinemas, em 2019, mas foi adiado e transferido para o streaming, após recepção negativa, em suas sessões teste. Entretanto, essas revisões não adiantaram, em nada. O roteiro de Tracy Letts é pífio, e nem mesmo um diretor experiente, ou um elenco de peso, com Amy Adams e Gary Oldman, salvam o desastre. O plot envolve Anna, uma mulher com agorafobia, interpretada por Adams...

Super Me (Netflix) – Crítica

netflix.com Sang Yu (Darren WangSong) é um roteirista que passa por um bloqueio criativo, e é assombrado por pesadelos, especificamente, com um ser que o tenta matar, todas as noites. Assustado, ele parte em busca de saber o porquê disso, até encontrar um senhor (Chin Shih-Chieh), que lhe indica um meio de utilizar essa situação, de forma lucrativa. Com essa premissa, “Super Me” é dirigido e roteirizado por Zhang Chong, e busca conciliar uma aventura divertida com uma explicação sobre o psicológico/subconsciente humano e suas ações. Neste caso específico, o protagonista passa a conseguir retirar dos seus sonhos, aquilo que pode enriquecê-lo, ao mesmo tempo que, o dinheiro o ajuda a impressionar o amor de sua vida. Apesar da proposta fora do comum, seu desenvolvimento é bastante satisfatório, muito pela excelente construção das cenas de ação e os efeitos visuais honestos, junto do elenco, para lá de simpático. Porém, embora o plot simples e bem explicado, o filme perde a o...

Sem Remorso (Prime Video) – Crítica

amazon.com Desde “Creed – Nascido para Lutar” (2016), o ator Michael B. Jordan vem tentando construir uma franquia, para chamar de sua. A aposta da vez está em “Sem Remorso” , novo lançamento original Prime Video. Aqui, B. Jordan protagoniza um filme, que se assemelha mais a situação vista no James Bond, interpretado por Daniel Craig, onde o mais importante está na jornada do protagonista, e pouco importa a aventura mundial, que se coloca como plano de fundo. Apesar de “Sem Remorso” adaptar um romance homônimo, de Tom Clancy, a proposta do filme é diferente. O livro, publicado em 1993, era ambientado após o fim da Guerra Fria. Já o filme, atualiza para o cenário pós-Guerra da Síria, sendo focado na vida de um homem negro, chamado John Kelly, ex-fuzileiro naval, que trabalha para CIA. Logo depois do espectador aceitar essa condição, fica mais fácil engolir o entorno vazio, que só é composto por pequenos obstáculos na vida de John Kelly, interpretado por Jordan. Prova disso...

Vozes e Vultos (Netflix) – Crítica

cafecomnerd.com.br A base fundamental para um filme de terror é nos causar medo. Não importa se através de sustos, ou apenas na finalidade de gerar aflição. Pena, que muitos longas se propõem a fazer isso, mas não atingem a plenitude, nas suas performances. Esse problema pode ser exemplificado em “Vozes e Vultos” , novo longa da Netflix, que mira no terror, mas acerta no drama. Tanto, que os lados positivos do filme, principalmente, no seu aspecto técnico, são ofuscados pelo roteiro pobre. O enredo se passa nos anos 80, focando numa artista, chamada Catherine (Amanda Seyfield), que descobre que seu marido, George (James Norton), conseguiu um emprego, como professor, numa pequena faculdade, do interior, o que faz com o que o casal precise se mudar. Embora a casa nova pareça a dos sonhos, aos poucos, ela começa a suspeitar que há um fantasma habitando na propriedade, ao mesmo tempo em que seu casamento começa a passar por problemas. Conforme o lado sobrenatural vai tomand...

Oxigênio (Netflix) – Crítica

adorocinema.com Geralmente, quando temos alguma ideia bastante original, no mundo cinematográfico, certamente, logo em seguida, ela será recolocada inúmeras vezes. Puxando para esse lado, a Netflix lança sua nova ficção científica, “Oxigênio” , que planeja transmitir uma sensação de claustrofobia, ao espectador, em meio ao desconhecimento da protagonista, sobre si mesma. O que traz de diferente do habitual, é que aqui, temos um texto criativo e uma bela atuação de Mélanie Laurent. A história, dirigida por Alexandre Aja ( “Viagem Maldita” ), foca na história de Elisabeth Hansen (Laurent), uma mulher que acorda dentro de uma câmara criogênica, e não se lembra como foi parar ali. Aos poucos, sua consciência vai voltando, mas sem a imediata lembrança do seu passado, muito menos como funciona a cápsula, que está trancada. Para piorar a situação, o oxigênio disponível, no local, está na taxa de 35%, podendo se acabar, a qualquer instante. A fim de escapar, a protagonista contará ...

Raya e o Último Dragão (Disney+) – Crítica

canaltech.com.br A expectativa em torno de “Raya e o Último Dragão” sempre esteve lá em cima, desde seu anúncio pela Disney. Porém, a ansiedade gerada pode ter prejudicado o saldo final, já que somos apresentados a um filme com muito material, e pouco foco. Raya (Kelly Marie Tran) e seu pai, Benja (Daniel Dae Kim), possuem o sonho de unir cinco povos em uma só nação: Kumandra. Isso já havia acontecido, há 500 anos atrás, quando humanos e dragões, viviam pacificamente entre si, até serem atacados por forças tenebrosas. Para salvar a humanidade, os dragões decidiram dividir seus poderes, e armazená-los numa única joia, que seria guardada pela família de Raya. Porém, a ganância toma conta do resto dos povos, que acabam destruindo o artefato e dividindo-o em cinco pedaços, reativando a vida da grande ameaça. Raya, uma jovem guerreira, traça um objetivo: encontrar Sisu (Awkwafina), o último lendário dragão, na esperança de retornar o equilíbrio, na Terra. Apesar da premissa int...

A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas (Netflix) – Crítica

tecmundo.com.br Todo mundo já reconhece que a Pixar é o estúdio, de longa-metragem animado, líder do mercado. Porém, há algum tempo, a Sony Pictures Animation tenta fazer frente, trazendo algo novo para a balança, se arriscando e contando suas histórias, de uma maneira diferente do habitual. Prova de que isso também pode agradar, está em “Homem-Aranha no Aranhaverso” (2018), onde a empresa conseguiu, com bastante êxito, aliar a linguagem dos quadrinhos a animação 2D. O projeto da vez é “A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas” , animação produzida pela dupla Phil Lord e Christopher Miller, que ganhou selo Netflix. A trama, dirigida e roteirizada pela dupla Mike Randa e Jeff Rowe, foca na família Mitchell, que dá o nome ao longa. A partir do ponto de vista de Katie, uma jovem nerd aspirante a cineasta, conhecemos seu pai Rick, o irmão Aaron, a mãe Linda e o cachorro Monchi. Katie vive o dilema clássico da adolescente, que ainda não se reconhece e que acredita que quando,...

Estados Unidos vs. Billie Holiday (Prime Video) - Crítica

clubedoscaras.com.br O Cinema americano sempre adorou retratar seus ícones. Desde sempre, as cinebiografias dominaram grande parte do espaço de suas produções, aliada ao gosto popular. Em meio disso, o diretor Lee Daniels decide trazer a história de uma das maiores divas do Blues, Billie Holiday. Entretanto, ao invés da narrativa convencional, o filme aposta em focar apenas nos últimos dez anos de vida da artista, em plena década de 50, onde, nos Estados Unidos, ferve as discussões sobre segregação e racismo. Naquele momento, apesar da maioria da comunidade negra não ter todos os direitos garantidos, alguns de seus membros eram louvados a ídolos, tendo uma posição um pouco melhor, devido a sua produção cultural. Nesse aspecto, muitos deles tiveram que viver o dilema de não saber se no dia seguinte seriam aclamados, ou apenas descartados e linchados, em praça pública. Aqui, como já mencionado, o espectador é convidado a retornar aos anos 50, para acompanhar o ápice e o declínio da estre...